NASCE BILLIE HOLIDAY
Em 1915, Eleanora Fagan Gough, mais conhecida pelo nome artístico Billie Holiday, uma das maiores cantoras de jazz e blues da história, nasce na Filadélfia.
Negra e pobre, abandonada pelos pais que eram adolescentes quando ela nasceu, violentada por um vizinho aos 10 anos e aos 14 pelo dono de um prostíbulo onde lava o chão para sobreviver, agredida física e psicologicamente num asilo para meninas abusadas sexualmente, moradora de rua e prostituta, tem uma vida trágica.
Aos 15 anos, engravida sem saber de quem e a mãe, com quem volta a viver, a obriga a fazer um aborto aos três meses de gestação. Deprimida, recorre a drogas e álcool e faz várias tentativa de suicídio.
Em 1930, procura emprego como dançarina no Harlem, o bairro negro de Nova York, mas não agrada ao público. Com pena dela, o pianista pergunta se sabe cantar. Ela diz que não, mas que é seu sonho. Aplaudida de pé, consegue um emprego nos fins de semana. Para complementar a renda, continua se prostituindo.
Billie Holiday nunca recebe educação formal como música. Autodidata, aprende ouvindo Louis Armstrong e Bessie Smith. Depois de três anos cantando no Harlem, chama a atenção do crítico musical John Hammond, que a leva a uma gravadora.
Seu primeiro disco, com a banda de Benny Goodman, é um sucesso. Ela compra um apartamento e abandona a vida de garota de programa. Passa a cantar nas melhoras casas noturnas de Nova York. Sua voz levemente rouca e sensual expressa uma profunda emoção.
Nos anos 1940, apesar do sucesso, a depressão que a atormentava desde a infância a conduz ao vício de cigarros, álcool, maconha e heroína, que injeta na veia. Seus relacionamentos amorosos fracassam e terminam com violência e abuso. Ela cogita abandonar a carreira para não ter a vida exposta.
Em 1947, é presa com uma quantidade de heroína que caracteriza tráfico, mas fica poucos dias na cadeia, paga fiança e é solta.
Três anos antes de morrer, em 1956, ela publica uma autobiografia, Lady Sings the Blues, que vira filme com Diana Ross no papel principal. Billie Holiday morre aos 44 anos em Nova York em 17 de julho de 1959 de edema pulmonar, cirrose hepática e insuficiência cardíaca.
CERVEJA LIBERADA
Em 1933, oito meses antes do fim da Lei Seca, a cerveja de baixo teor alcoólico é liberada nos Estados Unidos. A data vira Dia Nacional da Cerveja.
O movimento contra as bebidas alcoólicas começa no início do século 19 e ganha força no fim do século 19. A Emenda nº 18 é aprovada em dezembro de 1917 e ratificada por três quartos dos estados, como exige a Constituição dos EUA, em janeiro de 1919.
Nove meses depois, a Lei Volstead regulamenta sua aplicação, inclusive a criação de uma unidade especial do Departamento do Tesouro para fiscalizar sua aplicação. A Lei Seca entra em vigor em 17 de janeiro de 1920. A proibição não funciona e cria um mercado negro em que prospera o crime organizado.
Em 1933, a 21ª Emenda acaba com a proibição a partir de 5 de dezembro de 1933.
GENOCÍDIO EM RUANDA
Em 1994, no dia seguinte à morte do presidente Juvenal Habyarimana num avião abatido pela Frente Patriótica de Ruanda (FPR), o Exército dominado pela maioria hutu e milícias aliadas, em fuga, iniciam um genocídio em que 800 mil tútsis, tuás e hutus moderados são mortos até 15 de julho.
O genocídio é cometido principalmente com facões pelas milícias. A principal é Interahamwe (os que lutam juntos). Quem queria uma morte mais rápida e menos dolorosa tinha de pagar a bala.
Os hutus fogem para o Leste do Zaire, onde entram em conflito com os baniamulengues, que são etnicamente tútsis. Começa uma guerra civil que leva o guerrilheiro Laurent Kabila, que lutaram com Ernesto Che Guevara no Congo nos anos 1960, a sair de seu refúgio nas Montanhas da Lua, no coração da África, marchar até Kinshasa e derrubar, em 1997, o ditador Joseph Mobutu, que estava no poder desde aquela época.
No poder, Kabila muda o nome do país para República Democrática do Congo.
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