sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ben Ali dissolve governo mas não contém protestos

Sob intensa pressão, o ditador Zine al-Abidine Ben Ali decretou estado de emergência em toda a Tunísia, impôs um toque de recolher noturno, proibiu manifestações públicas, dissolveu o governo, demitindo todos os ministros, e antecipou as eleições legislativas, que devem ser realizadas dentro de seis meses. Mas não conseguiu acalmar a revolta popular.

Mais de 5 mil pessoas protestam no centro de Túnis, exigindo a renúncia imediata de Ben Ali, no poder há 23 anos. 

Ontem à noite, em pronunciamento na televisão, ele prometeu deixar o cargo em 2014, reduzir os preços de alimentos, acabar com a censura e proibir as forças de segurança de atirar contra os manifestantes com munição real. A multidão festejou. 

Durante a noite, mais 12 pessoas foram mortas, elevando para pelo menos 35 o total de mortos em semanas de agitação e revolta popular contra a carestia, a corrupção e o desemprego. A oposição denuncia 80 mortes.

A Tunísia é um dos 10 principais destinos turísticos para europeus. Recebe cerca de 7 milhões de visitantes por ano.

Nenhum comentário: