quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Morte de Kirchner abre luta sucessória

A morte súbita do ex-presidente Néstor Kirchner (2003-07) abre a campanha eleitoral na Argentina. Sua viúva, a presidente Cristina Kirchner, pode ser candidata à reeleição se for capaz de manter o kirchnerismo sem Kirchner, como uma nova Evita, reinventando-se como viúva de um herói nacional.

Há uma dúvida se ela vai abrir um diálogo para ampliar alianças ou se fechar no pequeno núcleo kirchnerista, onde se destacam líderes truculentos como o secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, e o secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), Hugo Moyano.

Caso se feche no clã kirchnerista, terá dificuldade de manter o controle sobre a máquina do Partido Judicialista, uma das maiores burocracias do país.

O governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, vice-presidente de Néstor Kirchner, já fala como candidato do Partido Justicialista (peronista). Também estão na parada o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, aliado da ala direita do peronismo, que derrotou a Frente pela Vitória, liderada por Néstor Kirchner, nas eleições parlamentares de 2009; o ex-corredor de Fórmula 1 Carlos Reuteman; e o próprio articulador da eleição de Kirchner, o ex-presidente Eduardo Duhalde, que já tem sítio de Internet Duhalde 2011.

Pela União Cívica Radical, são pré-candidatos Ricardo Alfonsín, filho do falecido presidente Raúl Alfonsín, muito respeitado por ter mantido a dignidade do cargo, ao contrário de Menem e Kirchner, e o vice-presidente Julio Cobos.

Por mais uma ironia da política argentina, desde que rompeu com o casal Kirchner durante a crise do campo, o vice-presidente é o líder da oposição.

Um comentário:

Anônimo disse...

O que achas? http://terezacruvinel.blogspot.com/2010/10/tristes-miradas-tambem-no-brasil-sobre.html