Por 177 votos contra 153, ignorando a voz das ruas, o Senado da França aprovou na tarde de hoje uma reforma previdenciária que eleva de 60 para 62 anos a idade mínima para se aposentar e de 65 para 67 anos a idade mínima para obter aposentadoria integral.
Na segunda-feira, uma comissão mista de deputados e senadores deve se reunir para harmonizar os dois projetos. O texto final da lei deve ser votado na Assembleia Nacional e no Senado de terça a quinta-feira.
As centrais sindicais que organizaram uma onda de greves e manifestações de rua contra a reforma prometem manter a pressão. Já convocaram duas novas jornadas nacionais de protesto, uma para 28 de outubro, a próxima quinta-feira, dia previsto para votação final, e outra em 6 de novembro.
Em 2006, o governo revogou a Lei do Primeiro Emprego, que introduzia contratos de trabalho precários para o primeiro emprego de jovens de até 25 anos. Isso anima os grevistas.
Pela manhã, a tropa de choque da polícia usou a força para romper o piquete dos grevistas na refinaria de Grandpuits, nos arredores de Paris. Os sindicalistas ficaram revoltados, alegando que são trabalhadores lutando por salários e aposentadorias e não jovens anarquistas. Eles fizeram o enterro simbólico do direito de greve.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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