domingo, 24 de outubro de 2010

Assessores de Bush forçaram guerra no Iraque

Mesmo sem qualquer prova de ligação do ditador Saddam Hussein e do Iraque com os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, altos assessores do governo George Walker Bush forçaram "até o limite da insubordinação" para levar o país a uma nova guerra, declarou hoje o general Hugh Shelton, que na época era comandante do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.

"Havia uma enorme pressão naqueles dias para invadirmos o Iraque, e não havia nenhum relatório de inteligência, nada, apontando em direção aos iraquianos", declarou hoje o general Shelton, em entrevista a Christiane Amanpour, no programa This Week, da rede de televisão americana ABC.

Entre os principais defensores da guerra contra Saddam, estavam o secretário da Defesa, Donald Rumsfeld,  e seu subsecretário, Paul Wolfowitz, considerado o grande arquiteto da invasão do Iraque.

"Tudo apontava para Al Caeda, para Ossama ben Laden", acrescentou Shelton, "mas ao mesmo tempo estávamos entrando em guerra com o Iraque".

Ele entende que a guerra no Afeganistão, hoje o maior conflito internacional do governo, ia bem e o desvio de recursos e atenções para o Iraque foi contraproducente.

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