Delírio nas redes bolsonaristas: “Bolsonaro evitou a Terceira Guerra Mundial.”
Seria uma piada, se não estivesse em jogo uma guerra prestes a explodir entre Rússia e Ucrânia. Ontem, houve 30 violações do cessar-fogo. Na média, eram três por dia na guerra entre o governo ucraniano e rebeldes apoiados pela Rússia no Leste da Ucrânia.
Em realidade, a viagem feita sob medida para captar imagens para apresentar o presidente Jair Bolsonaro como estadista na campanha aprofundou ainda mais o isolamento internacional do presidente e de sua antipolítica externa. É uma resposta à viagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi recebido como estadista na Espanha, na França, na Alemanha e no Parlamento Europeu.
Quem vai a Moscou hoje, como o presidente da França, Emmanuel Macron, e os primeiros-ministros da Alemanha, Olaf Scholz, e do Reino Unido, Boris Johnson, faz um apelo ao ditador Vladimir Putin pela paz na Europa.
Bolsonaro manifestou solidariedade à Rússia. É uma grande potência que ameaça um vizinho muito menor que prometeu proteger quando a Ucrânia abriu mão de sua parte do arsenal nuclear da União Soviética, em 1994.
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