domingo, 30 de janeiro de 2022

Hoje na História do Mundo: 30 de Janeiro

CARLOS I EXECUTADO

    Em 1649, neva em Whitehall, no centro de Londres, quando o rei Carlos I é decapitado por traição durante a Guerra Civil Inglesa (1642-51).

GANDHI ASSASSINADO

    Em 1948, um fundamentalista hindu mata o herói da independência da Índia, Mohandas Karamchand Gandhi, o Mahatma (Grande Espírito).

HITLER CHANCELER

    Em 1933, depois da vitória do Partido Nazista sem maioria absoluta, o presidente Paul von Hindenburg nomeia Adolf Hitler chanceler (primeiro-ministro) da Alemanha, cargo que ocupa até o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Um mês depois, em 27 de fevereiro, os nazistas tocam fogo no Parlamento e acusam os comunistas. Hitler aproveita o episódio para obter poderes especiais, perseguir adversários políticos e conquistar maioria na Câmara.

Com a morte de Hindenburg, em 2 de agosto de 1934, Hitler acumula os dois cargos e um referendo o transforma no Führer, um ditador com poderes absolutos.

DOMINGO SANGRENTO

    Em 1972, atiradores de elite do Exército do Reino Unido atiram contra uma manifestação pacífica, em Londonderry, de católicos contra o domínio britânico da Irlanda do Norte e matam 13 pessoas desarmadas (outra morre meses depois), no Domingo Sangrento ou Massacre de Bogside, o pior em 30 anos de guerra civil.

Quando a República da Irlanda se torna independente, em 1922, seis dos nove condados da província do Úlster, de maioria protestante, formam a Irlanda do Norte, que permanece sendo parte do Reino Unido.

A minoria católica e republicana sente-se discriminada dentro do Reino Unido. Quer fazer parte da Irlanda. A revolta aumenta na onda dos movimentos de libertação nacional dos anos 1960 e leva à guerra civil na Irlanda do Norte e à intervenção militar britânica em 1969.

O Exército Republicano Irlandês (IRA) Provisório é a maior força do lado católico, republicano e nacionalista irlandês na guerra contra o Reino Unido. 

O serviço secreto militar britânico suspeita que o IRA vai se infiltrar na manifestação em Bogside e pode usar a multidão como escudo humano para atacar as forças de segurança. Atiradores de elite da força de paraquedistas do Exército Real vão para o alto dos prédios em missão especial que não é do conhecimento de agentes que estão policiando a manifestação no solo.

A marcha encontra vários bloqueios armados pelos soldados britânicos. Jovens manifestantes jogam pedras nos soldados, que respondem com balas de borracha, gás lacrimogênio e canhões d'água. Quando a multidão vê os paraquedistas no alto dos prédios, ataca com pedradas.

No meio da confusão, com tiros de balas de borracha disparados em terra, os atiradores disparam contra a multidão. Os primeiros inquéritos acobertaram o crime, alegando que os soldados atiraram em manifestantes armados que jogavam bombas.

Depois de 12 anos de investigação presidida por Lorde Mark Oliver Saville, o Relatório Saville concluiu em 2010 que as mortes foram "injustas" e "injustificáveis". Nenhuma vítima estava armada nem representava qualquer perigo e nenhuma bomba foi jogada. 

O então primeiro-ministro britânico, David Cameron, pediu desculpas. Ninguém nunca foi punido pelo Domingo Sangrento.

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