domingo, 23 de janeiro de 2022

Ômicron pode sinalizar fim da pandemia na Europa, diz OMS

 A atual onda de contaminação pela variante ômicron do coronavírus de 2019 pode infectar até 60% da população da Europa e iniciar uma nova fase capaz de levar ao fim da pandemia, declarou hoje o diretor da Organização Mundial da Saúde para a Europa e a Ásia Central, Hans Kluge.

"É plausível que a região esteja se aproximando do fim da pandemia", observou Kluge. "Assim que a ômicron se acalmar, vai haver imunidade por semanas ou meses, seja graças às vacinas ou porque as pessoas terão sido imunizadas pela infecção, além de uma queda por causa da sazonalidade." A Europa está no inverno, que contribui na propagação de doenças respiratórias.

A variante ômicron suplantaria a delta, se tornaria dominante e, sendo menos letal, a covid-19 se tornaria uma doença endêmica, com taxa de letalidade semelhante à da gripe comum: 1%. Kluge comentou que a covid-19 só poderá ser considerada endêmica quando for previsível: "Este vírus surpreendeu mais uma vez. Então, é preciso cautela."

Neste domingo, o Brasil notificou mais 166 mortes e 84.239 diagnósticos positivos de covid-19. O total de casos confirmados passou de 24 milhões e de mortes de 423 mil. Está em 24.044.437, com 623.1145 vidas perdidas.

A média diária de casos novos dos últimos sete dias voltou a bater recorde, com 148.212 e alta de 309% em duas semanas. A média diária de mortes dos últimos sete dias subiu 129% em duas semanas para 292.

No mundo, já são 351.069.733) casos confirmados e 5.595.986 mortes. Mais de 279,5 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 65,8 milhões têm casos leves ou médios e 95.723 estão em estado grave.

Com a subnotificação dos fins de semana, os Estados Unidos registraram mais 172.572 casos e 348 mortes. É o país com o maior número de casos confirmados (70.699.416) e de mortes (866.540) na pandemia.

A média diária de casos novos dos últimos sete dias subiu 2% em duas semanas, o que indica estabilidade, para 690.448. O total de hospitalizados aumentou 19% em duas semanas para 158.993. A média diária de mortes dos últimos sete dias cresceu 39% em duas semanas para 2.182.

Pelo quarto dia seguido, a Índia diagnosticou mais de 300 mil casos no domingo. Foram 333.533 casos novos e 525 mortes. Com alta de 150% no contágio em uma semana, lidera a onda da ômicron no Sul da Ásia. O país tem o segundo maior número de casos (39.543.328) e o terceiro de mortes (489.896).

A Itália relatou mais 138.860 casos novos e 227 mortes no domingo, depois de notificar 171.263 casos novos e 333 óbitos no sábado.

No Reino Unido, onde a onda da ômicron passou do pico, mais 74.799 casos e 75 mortes foram notificadas no domingo.

De 2.586 pessoas que entraram na China para organizar a Olimpíada de Inverno, a ser realizada em Beijim de 4 a 20 de fevereiro, 72 testaram positivo para o coronavírus. Nenhuma é atleta. Os jogos não terão ingressos vendidos ao público. A plateia será de organizadores e convidados.

Os dois maiores estados da Austrália, Nova Gales do Sul e Vitória, vão testar todos os estudantes duas vezes por semana quando as aulas começarem, na próxima semana. Milhões de testes estão sendo distribuídos nesta semana para que os alunos sejam testados antes do reinício das aulas.

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, reintroduziu medidas como uso obrigatório de máscaras e distanciamento social para conter e ômicron e adiou o próprio casamento. "Queremos reduzir o ritmo da ômicron", explicou.

Mais de 9,87 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Mais de 4,76 bilhões de pessoas, 60,48% da população mundial tomaram ao menos uma dose, mas só 9,6% nos países pobres. Mais de 53% completaram a vacinação e 12% receberam a dose de reforço.

O Brasil deu a primeira dose a 162,97 milhões de pessoas, 148,27 milhões (69,51% da população brasileira) completaram a vacinação e 39,83 milhões (18,67%) tomaram a dose extra, num total de mais de 351 milhões de doses aplicadas.

Um estudo feito do Ministério da Saúde Israel indica que a quarta dose de uma vacina de mRNA aumenta em três vezes a proteção de idosos a partir de 60 anos, em comparação com quem tomou três doses. O diretor-presidente do laboratório Pfizer acredita que a vacina contra a covid-19 deva ser aplicada uma vez por ano.

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