quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Ômicron deve infectar maioria, mas risco para vacinados é baixo, diz Dr. Fauci

 A maioria das pessoas deve ser exposta à ultracontagiosa variante ômicron do coronavírus de 2019, mas quem está vacinado, e especialmente quem tomou a dose de reforço, declarou hoje o principal infectologista dos Estados Unidos, Dr. Anthony Fauci, em entrevista na Casa Branca. 

Nesta quarta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a ômicron "não é leve" em não vacinados, ao contrário do que alegou o presidente Jair Bolsonaro. Ontem, o diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, advertiu que a diferença entre tomar vacina ou não é entre ter um caso suave e correr risco de vida.

"Quase todo o mundo vai terminar sendo exposto ao vírus e provavelmente será infectado", mas, "se você estiver vacinado e tomou o reforço, o risco de ficar doente é muito, muito baixo", afirmou o principal assessor médico do governo Joe Biden na pandemia.

Fauci acrescentou que não vacinados correm risco 20 vezes maior de morrer, 17 vezes maior de serem hospitalizados e 10 vezes maior de pegar a doença.

Os EUA registraram mais 870.467 casos e 2.390 mortes nesta quarta-feira. A média de casos novos dos últimos sete dias avançou 159% em duas semanas para 781.203 por dia. O número de hospitalizados com covid-19 cresceu 19,7% em uma semana para 151.261. A média de mortes dos últimos sete dias aumentou 51% em duas semanas para 1.827 por dia. O país tem o maior de casos confirmados (62.727.044) e de mortes (843.624) na pandemia.

Com mais 138 mortes e 88.464 diagnósticos positivos nesta quarta-feira, o Brasil chegou a 22.718.606 casos confirmados e 620.419 vidas perdidas na pandemia. A média diária de casos novos dos últimos sete dias foi para 52.714, com alta de 614% em duas semanas. É a maior desde 1º de julho de 2021. A média de mortes cresceu 7% em duas semanas para 123. É considerada estável.

No mundo, o total de casos confirmados está em 315.390.402, com 5.510.327 mortes. Mais de 262,5 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 47,28 milhões enfrentam casos leves ou médios e 95.465 estão em estado grave.

Pela primeira vez em oito meses, a Índia notificou mais de 200 mil casos novos num dia. Foram 247.417 casos em 24 horas. A Índia tem o segundo maior número de casos confirmados (36.317.927) e o terceiro de mortes (485.035), depois de Brasil e EUA.

No Reino Unido, o primeiro-ministro conservador Boris Johnson está sob pressão para renunciar por ter participado de uma festa no jardim da residência oficial e sede do governo em 20 de maio de 2020, quando o país estava no primeiro confinamento. Bastante rigoroso, só permitia com uma pessoa de outra residência em local público e aberto. As empresas britânicas enfrentam duas vezes mais faltas de seus funcionários do que o normal, por causa da onda de contaminação da ômicron.

Mais de 9,53 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Mais de 4,68 bilhões de pessoas, 59,47% da população mundial tomaram ao menos uma dose, mas só 9,5% nos países pobres. Mais de 52% completaram a vacinação e 10% tomaram a dose de reforço.

No Uruguai, as crianças ganharam livros e sorvetes no primeiro dia da vacinação infantil. Durante a madrugada, deve chegar ao aeroporto de Viracopos, em Campinas, o primeiro lote de vacinas pediátricas da Pfizer-BioNTech, com 1,2 milhão de doses. Como o Brasil tem cerca de 20 milhões de crianças de 5 a 11 anos, precisa de 40 milhões de doses.

A vacinação infantil foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 17 de dezembro. Sob pressão de Bolsonaro, que é contra as vacinas, o Ministério da Saúde abriu uma consulta pública sobre uma questão científica na qual a opinião de leigos é irrelevante.

Sob o impacto da pandemia, dos problemas nas cadeias produtivas e das medidas de estímulo, os EUA terminaram 2021 com uma inflação de 7%, a maior desde 1982. No Brasil, a inflação terminou o ano em 10,06%.

Nenhum comentário: