Com a onda da variante ômicron, o contágio pela doença do coronavírus de 2019 aumentou 55% no mundo na semana passada (3 a 9 janeiro) para um recorde semanal de 15 milhões, sendo 6,4 milhões nos Estados Unidos. O número de mortes ficou relativamente estável, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Na segunda-feira, houve um novo recorde, com 3,28 milhões de casos novos num dia, dos quais 1,48 milhão nos EUA, revelou a Universidade de Oxford, na Inglaterra. A OMS previu que a metade da população da Europa pode pegar covid-19 neste inverno no Hemisfério Norte.
O Brasil registrou mais 139 mortes e 73.617 diagnósticos positivos nesta terça-feira. É mais do que o pico da média diária de casos novos do pior momento da pandemia no país, que foi de 77.295. No momento, a média dos últimos sete dias está em 44.016, com alta de 631% em duas semanas.
Por causa da vacinação, a média de mortes dos últimos sete dias subiu bem menos, 15% em duas semanas, para 122 por dia. A ômicron é menos letal, mas há risco de sobrecarga do sistema de saúde. As internações em unidades de terapia intensiva (UTI) no estado de São Paulo aumentaram em 91%.
No mundo inteiro, a média diária de casos novos dos últimos sete dias está em 2.580.073, com alta de 177% em duas semanas, enquanto a média de mortes cresceu 3% em duas semanas para 6.610 por dia. Ao todo, são 313.353.216 casos confirmados e 5.503.857 mortes. Mais de 261,5 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 46,25 milhões enfrentam casos leves ou médios e 95.517 estão em estado grave.
Todos os continentes e regiões tiveram alta nos casos novos na semana passada, menos a África (-11%). O aumento foi maior no Sudeste Asiático (418%), seguido pelo Leste da Ásia e Oceania (122%), Leste do Mediterrâneo (83%), América (78%) e Europa e Ásia Central (31%).
A região da Europa e Ásia Central da OMS, que inclui a Europa e os países da antiga União Soviética, foi responsável por 47% dos casos (7.145.424) e 48% das mortes (20.696). No primeiro momento, a onda de contaminação da ômicron atingiu mais países da Europa bastante adiantados na vacinação, como Espanha, França, Dinamarca, Alemanha, Reino Unido Itália e Suíça. Agora, avança para a Europa Oriental, onde a cobertura vacinal é bem menor.
As mortes no mundo foram 43.461 na semana passada, 3% a mais do que na semana passada. Houve aumento no número de mortes na África (84%), o continente menos vacinado, e na América (26%). Houve queda no Mediterrâneo Oriental (11%), Europa e Ásia Central (10%) e Sudeste Asiático (6%).
Os EUA notificaram hoje mais 874.730 casos e 2.390 mortes. A média diária de casos novos dos últimos sete dias subiu 185% em duas semanas para 761.122. O número de hospitalizados cresceu 80% em duas semanas para 137.657. A média diária de mortes dos últimos sete dias aumentou 40% em duas semanas para 1.736. O país tem o maior número de casos confirmados (62.308.132) e de mortes (5.504.225) na pandemia.
Mais de 9,49 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, de acordo com a Universidade de Oxford. Mais de 58% da população mundial tomaram ao menos uma dose, mas só 8,9% nos países pobres; 52% completaram a vacinação.
A China lidera a vacinação, com 2,91 bilhões de doses e 1,22 bilhão de pessoas (86% da população) plenamente vacinadas; seguida pela Índia, com 1,52 bilhão de doses e 634 milhões (47%) com vacinação completa; e EUA, com 520 milhões de doses e 207,8 milhões (62,5%) plenamente vacinados.
O Brasil deu a primeira dose a 161,7 milhões de pessoas, 144,76 milhões (67,86% da população brasileira) completaram a vacinação e 30,676 milhões (14,38%) tomaram a dose de reforço, num total de mais de 337 milhões.
A província francófona do Quebec, no Canadá, anunciou uma contribuição de saúde a ser cobrada das pessoas que não se vacinaram.
Nenhum comentário:
Postar um comentário