A França fez hoje a quarta greve geral e a quarta jornada nacional de protesto contra a reforma da previdência social proposta pelo presidente Nicolas Sarkozy. É a onda de protestos contra os cortes de gastos públicos que varre a Europa depois da Grande Recessão.
Pelos cálculos do governo, 1,23 milhão de pessoas participaram das 200 manifestações realizadas em todo o país. Os sindicatos afirmam que foram 3,5 milhões.
O maior impacto da greve geral foi sobre os transportes públicos. A metade dos voos do aeroporto de Orly e um terço dos programas para o aeroporto Charles de Gaulle foram cancelados. Com boa parte dos trens e metrôs parados, as plataformas das estações de Paris ficaram cheias de gente ansiosa.
Na Assembleia Nacional, o primeiro-ministro François Fillon declarou que o governo não vai voltar atrás. Entre outras medidas, a reforma previdenciária francesa aumenta de 60 para 62 anos a idade mínima para se aposentar e de 65 para 67 anos a idade mínima para requerer aposentadoria integral.
Em Paris, os estudantes secundaristas do Liceu Condoncet, uma das escolas de ensino médio mais famosas da capital francesa, fizeram piquetes em apoio aos trabalhadores. O governo tentou manter os jovens à distância, alegando que a suposta intransigência dos sindicatos ameaça a previdência das novas gerações.
O líder da Confederação Geral do Trabalho, Bernard Thibault, um dos líderes do movimento, prometeu não recuar: "Vamos tentar atrair cada vez mais gente para as ruas".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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