Florencio Ávila chegou à superfície minutos atrás. É o primeiro dos 33 mineiros enterrados no fundo de uma mina, a 622 metros de profundidade, em Copiapó, no Norte do Chile, desde um acidente em 5 de agosto de 2010 a ser içado numa operação de resgate histórica.
Nos primeiros 17 dias depois do acidente na mina San José, da mineradora San Esteban, os mineiros não tiveram contato nenhum com o restos do mundo. Não sabiam se ficariam enterrados vivos.
Em 8 de agosto, três dias depois do acidente, o governo chileno começara a fazer perfurações para tentar descobrir onde eles estava. Só no dia 22 os mineiros foram localizados pela sonda e conseguiram mandar uma mensagem: "Estamos bem todos os 33", abrigados num refúgio com oxigênio, água e comida para sobreviver a acidentes.
Através de três dutos, eles receberam água, comida, medicamentos, roupas e camas de campanha. Uma linha de comunicação permitiu que eles conversassem com suas famílias.
Três sondas trabalharam ao mesmo tempo para cavar um poço e chegar até o abrigo, uma área de segurança no fundo da mina. Em 33 dias, no último sábado, 9 de outubro de 2010, a sonda concluiu a perfuração.
Depois de testes sobre a segurança do poço do elevador por onde eles estão sendo içados, o governo do Chile marcou o resgate para a noite desta terça-feira.
Foram momentos de grande tensão, especialmente das famílias dos mineiros, durante os 17 minutos da subida de Ávalos pelos 622 m do poço de resgate. Ele parecia bem fisicamente. Não parecia uma pessoa que passou mais de dois meses debaixo da terra.
É um momento histórico. Vai afetar a indústria da mineração no mundo inteiro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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