quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Honduras nega salvo-conduto a Zelaya

O presidente deposto, José Manuel Zelaya, não recebeu o salvo-conduto solicitado pelo governo do México porque o pedido não cumpria os requisitos legais, alegou o ministro das Relações Exteriores do governo golpista, Carlos López Contreras, "por falta de qualificação jurídica do tipo se asilo que lhe será dado".

Como nem o governo resultante do golpe de 28 de junho de 2009 nem as eleições de 29 de novembro deste ano são reconhecidas internacionalmente, o governo golpista aproveita a oportunidade para se legitimar.

Se Zelaya for recebido como presidente legítimo de Honduras, o governo é golpista. Talvez ele crie um governo paralelo no exílio. Se Zelaya for recebido como ex-presidente, o México reconheceria que Honduras tem outro governo.

No último momento, o presidente interino, Roberto Micheletti, principal líder civil do golpe, teria decidido exigir uma definição sobre o status de Zelaya no México.

O governo golpista teria se irritado ao saber que o presidente deposto não iria para o exílio, iniciaria uma viagem pela América Latina para reivindicar sua legitimidade internacionalmente.

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