O presidente deposto, José Manuel Zelaya, não recebeu o salvo-conduto solicitado pelo governo do México porque o pedido não cumpria os requisitos legais, alegou o ministro das Relações Exteriores do governo golpista, Carlos López Contreras, "por falta de qualificação jurídica do tipo se asilo que lhe será dado".
Como nem o governo resultante do golpe de 28 de junho de 2009 nem as eleições de 29 de novembro deste ano são reconhecidas internacionalmente, o governo golpista aproveita a oportunidade para se legitimar.
Se Zelaya for recebido como presidente legítimo de Honduras, o governo é golpista. Talvez ele crie um governo paralelo no exílio. Se Zelaya for recebido como ex-presidente, o México reconheceria que Honduras tem outro governo.
No último momento, o presidente interino, Roberto Micheletti, principal líder civil do golpe, teria decidido exigir uma definição sobre o status de Zelaya no México.
O governo golpista teria se irritado ao saber que o presidente deposto não iria para o exílio, iniciaria uma viagem pela América Latina para reivindicar sua legitimidade internacionalmente.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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