Pela primeira vez desde o fim da ditadura do general Augusto Pinochet, em 1990, a direita tem chance de reconquistar a Presidência do Chile. É a favorita para a eleição deste domingo, 13 de dezembro de 2009. Mas deve haver segundo turno, em janeiro.
O milionário Sebastián Piñera, que não pertencia aos círculos pinochetistas, lidera as pesquisas com 44% das preferências, seguido pelo ex-presidente Eduardo Frei Ruiz-Tagle (1994-98), com 31%, e pelo jovem candidato independente Carlos Enríquez-Ominami, um ex-socialista que virou a sensação da campanha, com 17%.
Na opinião dos analistas, Ominami tem mais chance de bater Piñera no segundo turno. Mas como Frei representa a Concertación, uma coligação de 16 partidos liderada por democratas-cristãos e socialistas, deve ser ele que vai para o segundo turno.
Frei apelou para a união da coligação formada para derrotar a ditadura, há 20 anos. Também conta com uma participação maior da presidente Michelle Bachelet, que chega ao fim do mandato com 80% de aprovação popular.
A campanha foi marcada, no final, pela revelação de que o ex-presidente Eduardo Frei Montalva foi envenenado pela ditadura em 1982, quando investiga abusos cometidos por Pinochet.
Na verdade, a Democracia Cristã apoiou o golpe militar de 11 de setembro de 1973, na esperança de que antecipasse a eleição presidencial. Frei Montalva era seu líder na época e sonhava em voltar à Presidência do Chile.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário