O general Luciano Benjamín Menéndez, ex-comandante do III Exército da Argentina durante a última ditadura militar (1976-83), foi sentenciado hoje a uma terceira pena de prisão perpétua por crimes contra a humanidade cometidos sob seu comando. A Justiça ainda revogou sua prisão domiciliar e determinou que ele vá para a cadeia.
Também pegaram prisão perpétua os ex-policiais Rodolfo Campos, Adolfo Cejas e Hugo Britos.
Menéndez foi condenado pelo sequestro, tortura e assassinato do subcomissário Ricardo Fermín Albareda, além do sequestro e da tortura de outras nove pessoas em 1976 e 1977.
Em sua defesa, o general alegou que "nenhum país repudiou seu Exército pelo que lhe foi exigido pelo governo".
A Justiça argentina iniciou hoje um processo contra o ex-capitão-de-navio Alfredo Astiz, mais conhecido como o Anjo da Morte, e outros 18 agentes do Grupo de Tarefas da Escola de Mecânica da Armada (ESMA), o maior centro de detenção e tortura da guerra suja argentina.
Ontem, as Mães da Praça de Maio realizaram o julgamento simbólico do ministro da Economia da ditadura, José Alfredo Martínez de Hoz. Na acusação, o deputado Julio Piumato argumentou que, sem a violenta repressão, Martínez de Hoz não teria conseguido impor as políticas liberais que acabaram com a indústria argentina.
O ex-ministro foi condenado simbolicamente a prisão perpétua por dois genocídios, o econômico e o da repressão.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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