Depois de muitas divergências e adiamentos, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, realizada de 7 a 18 de dezembro em Copenhague, na Dinamarca, chegou a um acordo de última hora para prorrogar indefinidamente as negociações sobre um tratado com valor legal para reduzir as emissões dos gases que agravam o efeito estufa. Um fundo de US$ 30 bilhões será criado para financiar ações imediatas de mitigação.
O resultado está de acordo com o que anticipei neste blog na madrugada de hoje, ao comentar a possibilidade de um acordo de última hora.
Em entrevista, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que a meta é manter o aumento da temperatura média da Terra em dois graus centígrados.
Obama defendeu o acordo como um primeiro passo, admitindo que será difícil acabar com as divisões entre países desenvolvidos e em desenvolvimento para negociar um tratado com valor legal e metas obrigatórias de cortes de emissões de gases carbônicos.
Talvez o mais importante nesta conferência tenha sido envolver os Estados Unidos e outros grandes países como a China, a Índia e o Brasil no processo multilateral de combate à mudança do clima.
Era legítimo aspirar muito mais, mas irrealista esperar muito mais. Obama não tinha margem de manobra. Não poderia melhorar a proposta americana porque não teria aprovação do Congresso. E o resto do mundo precisa dos EUA para conter o aquecimento global.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário