A morte do grão-aiatolá oposicionista Hussein Ali Montazeri, de 87 anos, anunciada ontem à noite, provocou protestos espontâneos em diversas cidades e campi universitários, recriando um clima para confrontos entre o regime fundamentalista do Irã e a oposição.
Montazeri era um dos maiores críticos dos presidente Mahmoud Ahmadinejad, cuja reeleição fraudulenta, em 12 de junho de 2009, gerou a maior onda de protestos populares contra o regime em 30 anos de revolução islâmica.
Ele chegou a ser apontado como o sucessor do aiatolá Ruhollah Khomeini, o líder da revoluçcão islâmica, como Supremo Líder Espiritual do Irã. Mas rompeu com Khomeini nos anos 80 e passou a defender uma democratização do regime, o que o converteu em herói da oposição.
Já circulam na Internet mensagens de condolências: "Ao nosso verde Montazeri, congratulações pela sua liberdade" ou "Montazeri, vamos continuar na sua trilha". Verde é a cor do ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi, o candidato que a oposição acredita que ganhou a eleição presidencial de junho.
Na Universidade Elmo Sanaat, em Teerã, jovens marcharam levando cartazes com a foto de Montazeri. Eles proclamavam: "O povo verde do Irã está de luto."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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