BATALHA DE PÁVIA
Em 1525, as forças do imperador Carlos V, do Sacro Império Romano-Germânico, impõe uma derrota decisiva ao exército do rei Francisco I da França.
No fim de 1524, a França invade a Lombardia, toma Milão e cerca Pávia, 25 quilômetros ao sul, controlada pelo Sacro Império. Carlos V manda então um exército sob o comando do Marquês de Pescara, que aniquila o exército francês.Francisco I é capturado em Mirabello e levado para Madri, onde um ano depois assina um tratado de paz renunciando as reivindicações da França sobre a Itália, que fica sob o domínio da Dinastia dos Habsburgo.
Arqui-inimigos, Carlos I da Espanha e Francisco I da França disputaram a eleição para imperador do Sacro Império. Carlos I compra votos e vira o imperador Carlos V do império fundado por Carlos Magno em 800.
A vitória consolida o poder dos Habsburgo na Europa e do Império Espanhol na América.
REVOLUÇÃO ANTIMONÁRQUICA NA FRANÇA
Em 1848, uma onda de revoluções contra a monarquia que varre a Europa chega à França, único país onde a revolta é bem-sucedida, criando a Segunda República, que vai até 1852, quando Luís Napoleão Bonaparte, sobrinho do imperador Napoleão I, se proclama imperador Napoleão III, dando início ao Segundo Império.
No Reino Unido, é uma pequena manifestação do cartismo, um movimento de 1838 liderado pelo radical William Lovett, que defende uma Carta do Povo com sufrágio universal para os homens, distritos eleitorais iguais, voto secreto, eleição anual do Parlamento, pagamento aos parlamentares e fim da exigência de ser proprietário para ser deputado. Na Irlanda, há uma agitação republicana.
Na Bélgica, na Holanda e na Dinamarca, há manifestações pacíficas por reformas das instituições. As grandes insurreições pela democracia acontecem em Paris, Viena e Berlim, mas só tem sucesso na França, onde a Segunda República introduz o sufrágio universal para os homens.
O príncipe Luís Napoleão é o primeiro presidente da França eleito pelo voto popular. Dá um golpe contra a Assembleia Nacional em 2 de dezembro de 1851 e funda no ano seguinte o Segundo Império, que acaba com a derrota para na Guerra Franco-Prussiana (1870-71), que leva à unificação da Alemanha.
CÂMARA DENUNCIA PRESIDENTE
Em 1868, por 126-47, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos decide abrir um processo de impeachment do presidente Andrew Johnson (1865-69), cuja leniência em relação ao Sul no período da Reconstrução irrita a ala radical do Partido Republicano.
Johnson é vice-presidente de Abraham Lincoln (1861-65), o presidente durante a Guerra da Secessão (1861-65), que vai à guerra contra os estados do Sul para manter a União e abolir a escravidão.
Depois da guerra civil, Johnson autoriza a rápida reintegração dos estados do Sul à União sem garantias de proteção aos escravos libertos. Durante seu governo, os EUA compram o Alasca da Rússia.
Com conflito entre o Legislativo e o Executivo, o Congresso aprova a Lei de Posse do Cargo (1867), que limita a capacidade do presidente de nomear e demitir assessores. Quando Johnson demite o secretário da Guerra, Edwin Stanton, a Câmara vota o impeachment. Ele é salvo no Senado. Falta um voto para a maioria de dois terços necessária para afastar o presidente dos EUA.
PRIMEIRA ELEIÇÃO DE PERÓN
Em 1946, o vice-presidente e ministro da Guerra Juan Domingo Perón é eleito presidente da Argentina pela primeira vez, funda o peronismo e se torna o político dominante do país até os dias de hoje, muito além de sua morte.
O coronel Perón é nomeado secretário do Trabalho e da Seguridade Social de um governo militar em dezembro de 1943. Com o apoio do movimento sindical, cria a Justiça do Trabalho, escolas técnicas e um hospital e policlínica para ferroviários. Vira o herói dos descamisados.
Destituído e preso num golpe em 9 de outubro de 1945, sob pressão dos sindicatos e de sua segunda mulher, Maria Eva Duarte de Perón, a Evita, volta nos braços do povo. Em 17 de outubro daquele ano, o Dia da Lealdade para os peronistas, faz seu primeiro discurso triunfal na sacada da Casa Rosada.
Eleito com 52,4% dos votos, Perón nacionaliza os bancos e ferrovias, o Banco Central e algumas companhias de eletricidade. Dá vários benefícios aos trabalhadores: aumento do salário mínimo, 13º salário, folgas semanais, redução da jornada de trabalho, aposentadoria, férias remuneradas, seguro-saúde e cobertura para acidentes de trabalho. Entre 1945 e 1948, a economia argentina cresce a um ritmo recorde de 8,5% ao ano, enquanto os salários reais aumentam 46%.
Reeleito em 11 de novembro de 1951 com 63,5%, depois de uma campanha pelo voto feminino liderada por Evita, Perón governa até 16 de setembro de 1955, quando é deposto por um golpe militar e foge para o exílio.
Perón volta à Argentina em 1973, é reeleito para um terceiro mandato e governa o país até morrer, em 1º de julho de 1974, deixando no poder sua terceira mulher, María Estela Martínez de Perón, a Isabelita, que não tem o carisma de Evita e é deposta num golpe militar em 24 de março de 1976, início de uma ditadura cruel acusada de matar 30 mil argentinos.
INVASÃO DA UCRÂNIA
Em 2022, oito anos depois de anexar ilegalmente a Crimeia, a Rússia do ditador Vladimir Putin invade a ex-república soviética da Ucrânia a pretexto de "desmilitarizar" e "desnazificar" o país como se representasse ameaça à Rússia.
Os EUA se oferecem para retirar do país o presidente Volodymyr Zelensky, acusado de ser nazista, apesar de ser judeu, mas ele pede dinheiro e armas para resistir. Um mês depois, a Rússia abandona a região de Kiev e concentra a ofensiva no Leste e no Sul da Ucrânia.
Contra todas as previsões, a Ucrânia resiste há três anos, com o apoio dos EUA e da Europa. Não se sabe o número de mortos nesta guerra, mas seriam pelo menos mais de 100 mil de cada lado. Com a fadiga deste apoio e a maior capacidade russa de repor homens, armas e munições no campo de batalho, no momento, a Rússia está mais perto da vitória.
Com a reeleição de Donald Trump, que promete na campanha acabar com a guerra em 24 horas, há uma ameaça de que os EUA abandonem a Ucrânia. Antes da abertura de negociações, Trump cede a várias exigências de Putin e exige um acordo para explorar a metade dos recursos naturais ucranianos, no valor de US$ 500 bilhões, que Zelensky rejeita
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