terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Hoje na História do Mundo: 11 de Fevereiro

NASCE THOMAS EDISON

    Em 1847, nasce em Milan, no estado de Ohio, Thomas Alva Edison, o maior inventor de todos os tempos, que registra 1.093 patentes nos Estados Unidos e 2 mil no mundo inteiro. 

Edison recebe pouca educação formal, como acontece com a maioria dos norte-americanos na época. Com problemas de audição desde a infância, começa a trabalhar como operador de telégrafo aos 16 anos e logo usa sua engenhosidade para aperfeiçoar o sistema.

A partir de 1869, Edison torna-se inventor em tempo integral. Em 1876, ele se muda para um laboratório em Menlo Park, em Nova Jérsei, onde inventa o fonógrafo no ano seguinte tentando criar uma máquina para gravar conversas telefônicas.  Passa a ser conhecido como o Gênio de Menlo Park.

É o primeiro grande sucesso. Edison e sua equipe inventam a lâmpada de filamento incandescente em 1879, precursores da câmera e do projetor de cinema nos anos 1880.

Sua maior contribuição é no campo da eletricidade. Edison desenvolve um sistema de distribuição de luz e energia, criou em Nova York a primeira usina de energia elétrica, inventou a bateria alcalina e o trem movido a energia elétrica. Ao todo, registra 1.093 patentes nos EUA mais de 2 mil contando as invenções patenteadas no exterior.

O fonógrafo vai sendo aperfeiçoado na maneira de gravar e reproduzir até o surgimento disco musical de 78 rotações por minutos em 1915. Cada lado toca por 4 minutos e 30 segundos em média. 

Em 1948, a Columbia Records lança o LP (long playing) de 33,3 rpm, com cerca de 30 minutos de gravação de cada lado. 

A gravação estereofônica, em dois canais de som distintos, surge em 1958 e cria o som de alta fidelidade. 

TRATADO DE LATRÃO

    Em 1929, o ditador fascista Benito Mussolini e o representante do Vaticano Pietro Gasparri assinam o Tratado de Latrão, em que a Itália reconhece a soberania papal sobre a Cidade do Vaticano, um enclave de 45 hectares dentro de Roma.

Pelo tratado, o Vaticano reconhece a existência da Itália, com capital em Roma. Desde 1985, o catolicismo deixa de ser a religião oficial da Itália. Com isso, a educação religiosa para de ser obrigatória em escolas públicas.

REVOLUÇÃO ISLÂMICA

    Em 1979, semanas depois da fuga do xá Reza Pahlevi, a Revolução Islâmica toma o poder no Irã e impõe uma ditadura teocrática do fundamentalismo xiita.

O xá assume poderes ditatoriais depois do primeiro golpe articulado pela CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) durante a Guerra Fria, em 19 de agosto de 1953, contra o primeiro-ministro Mohammed Mossadegh, que nacionalizara a companhia petrolífera Anglo-Iranian Oil.

Durante 26 anos, o xá é um aliado dos EUA durante a Guerra Fria, com uma ditadura secularista, pró-ocidental e anticomunista. Em 1963, Pahlevi adota um programa de modernização da sociedade iraniana que enfrenta forte oposição do clero muçulmano. Depois de ser preso duas vezes, em 1964, o aiatolá Ruhollah Khomeini foge para o exílio na Turquia, no Iraque e na França.

A onda de protestos contra o regime começa em outubro de 1977 e se transforma numa grande campanha de desobediência civil. No fim de 1978 , manifestações e greves no setor petrolífero, base da economia iraniana, paralisam o país.

Pahlevi foge do país em 16 de janeiro e deixa no poder o primeiro-ministro Shapour Bakhtiar, oriundo da oposição. Seu governo convida Khomeini a voltar ao Irã, o que acontece em 1º de fevereiro. 

NELSON MANDELA LIVRE

    Em 1990, Nelson Mandela, o líder da luta da maioria negra contra o regime segregacionista do apartheid, é libertado depois de 27 anos de prisão e começa a negociar o fim da ditadura da minoria branca na África do Sul. 

Até sua imagem era proibida no país. A pneumonia que o mata em 5 de dezembro de 2013 é resultado das condições desumanas na prisão da Ilha de Robben, onde fica 16 anos.

Influenciado pelas ideias do líder pacifista da independência da Índia, o Mahatma Gandhi, baseadas na resistência pacífica e desobediência civil do naturalista norte-americano Henry David Thoreau, Mandela entra nos anos 1940 para a Liga Jovem do Congresso Nacional Africano (CNA). Depois da morte de 69 negros no Massacre de Sharpeville, em 1960, o CNA parte para a luta armada.

Nelson Mandela se torna líder do braço armado do CNA, Umkhonto we Sizwe (Lança da Nação). Quando volta de treinamento militar no exterior, é preso, em 1962, e condenado à morte em 1964. A sentença depois é reformada para prisão perpétua. Durante o julgamento, ele declara estar lutando contra a ditadura da minoria branca e promete lutar contra uma ditadura da maioria negra.

Nos momentos mais violentos da guerra civil não declarada da África do Sul, o regime racista apela a Mandela, que sempre insiste que presos não podem negociar.

Diante da grande pressão internacional, do boicote internacional à economia sul-africana e do fim da Guerra Fria, ao tomar posse, em 1989, o último presidente branco da África do Sul, Frederik de Klerk, anuncia a intenção de libertar Mandela e negociar o fim do apartheid. Ambos ganham o Prêmio Nobel da Paz em 1993.

Depois de negociações tensas e difíceis, em 27 de abril de 1994, Mandela assume como o primeiro presidente eleito democraticamente da África do Sul. Convida para a posse um de seus carcereiros. Fiel à democracia, ao contrário da maioria dos líderes africanos, deixa o governo depois do primeiro mandato.

A data de nascimento Mandela, 18 de julho de 1918, é transformada pela ONU em Dia Internacional Nelson Mandela pela liberdade, justiça e democracia.

QUEDA DE MUBARAK

    Em 2011, durante a Primavera Árabe, cai Hosni Mubarak, ditador do Egito desde o assassinato de Anuar Sadat, em 6 de outubro de 1981.

A Primavera Árabe é uma onda de revoltas populares contra ditaduras que começa na Tunísia quando o engenheiro desempregado Mohamed Abouazizi, que trabalha como camelô, tem a mercadoria e a balança roubadas por um fiscal e se autoimola diante da Prefeitura de Ben Arous.

Quando ele morre, 18 dias depois, em 4 de janeiro, a revolta toma conta das ruas. Em 14 de janeiro, o ditador Zine el-Abidine ben Ali, renuncia e foge do país depois de ficar 23 anos no poder.

Em 25 de janeiro, a revolta chega ao Egito, o maior e mais populoso país árabe. A polícia reprime com violência as manifestações. Pelo menos 846 pessoas morrem e mais de 6 mil saem feridas. Mais de 90 delegacias de polícia são incendiadas até que o Conselho Superior das Forças Armadas depõe Mubarak.

O Egito realiza suas primeiras eleições democráticas e a Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista islâmico, vence. Controla o Parlamento e elege o presidente Mohamed Mursi. Ele governa de 30 de junho de 2012 a 3 de julho de 2013, quando é deposto pelo atual ditador, marechal Abdel Fatah al-Sissi.

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