MARX LANÇA MANIFESTO COMUNISTA
Em 1848, o filósofo e economista alemão Karl Marx publica em Londres com Friedrich Engels o Manifesto Comunista, o panfleto mais importante da história, editado pela Liga Comunista, formada por socialistas alemães. O texto convoca os trabalhadores a se unir a uma luta de classes contra a burguesia para tomar o poder e criar uma sociedade igualitária.
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Em 1843, depois do fechamento do jornal onde trabalhava em Colônia, Marx vai para Paris, onde conhece Engels. Expulso da França, vai em 1845 para a Bélgica, onde durante dois anos desenvolve com Engels a doutrina comunista.
O manifesto é escrito em janeiro e publicado em fevereiro de 1848: "Um espectro assombra a Europa - o espectro do comunismo", começa o panfleto. No fim, convoca para a revolução: "Os proletários não tem nada a perder, a não ser suas correntes. Trabalhadores do mundo, uni-vos!"
No dia seguinte, começa uma revolução na França em protesto contra proibição de reuniões dos socialistas. Em 24 de fevereiro, o rei Luís Felipe abdica, mas logo a burguesia europeia esmaga as revoluções de 1848.
Procurado na Alemanha e na França, Marx se refugia no Reino Unido, onde funda em 1864 a Associação Internacional dos Trabalhadores, a Primeira Internacional, e em 1867 lança o primeiro volume de O Capital.
Quando Marx morre, em 1883, a doutrina comunista está disseminada pela Europa. Trinta e quatro anos depois de sua morte, a Revolução Bolchevique liderada por Vladimir Lenin e Leon Trotsky toma o poder na Rússia, em 1917. Em 1950, mais da metade da humanidade vive sob regimes marxistas.
NASCE ANDRÉS SEGOVIA
Em 1893, nasce em Linares, na Espanha, Andrés Segovia, um dos maiores violonistas de todos os tempos, considerado o pai do violão erudito moderno.
Segovia estuda piano e violoncelo na infância, mas seu grande interesse é pelo violão, considerado na época um instrumento menos nobre para ser tocado em bares e café, mas não em salas de concerto. Ele faz seu primeiro concerto no Instituto Musical de Granada em 1909. Em 1916, apresenta-se em Barcelona e Madri. De 1919 a 1923, excursiona pela América Latina. Quando toca pela primeira em Paris, em 1924, já tem uma reputação internacional.
Ele toca até mais de 90 anos. Morre em Madri, aos 94 anos, em 2 de junho de 1987.
BATALHA DE VERDUN
Em 1916, às 7h12 min, um disparo de um canhão Krupp alemão de 38 centímetros é o primeiro de 1,2 mil canhões que atacam as forças da França numa frente de combate de 20 quilômetros ao longo do Rio Meuse, e atinge a Catedral de Verdun, dando início à mais longa batalha da Primeira Guerra Mundial (1914-18), que termina 10 meses depois, depois da morte de 143 mil alemães e 163 mil franceses.
THE NEW YORKER
Em 1925, a revista semanal The New Yorker, uma das mais importantes do mundo, famosa por suas grandes reportagens, crítica cultural, ensaios, literatura e humor, é lançada por Harold Ross, editor até sua morte, em dezembro de 1951.
Seu foco inicial é a vida social e cultural de Nova York. A primeira edição não faz grande sucesso. A revista começa a angariar prestígio com a cobertura do Julgamento do Macaco, em que um professor de biologia é processado no estado do Tennessee por ensinar a Teoria da Evolução das Espécies, de Charles Darwin, repudiada pela Igreja. O fundamentalismo religioso nasce em rejeição ao darwinismo.
Entre os importantes colabores da New Yorker, estão Ogden Nash, John O'Hara, Edmund Wilson, J. D. Salinger, John Updike, Rebecca West, Dorothy Parker, Alice Munro, Woody Allen, Milan Kundera, Truman Capote, George Saunders e Lilian Ross. O atual editor é David Remnick.
MALCOLM X ASSASSINADO
Em 1965, o ativista negro Malcolm X, líder da Nação do Islã e do nacionalismo negro nos Estados Unidos, é morto aos 39 anos em Nova York e se torna um herói do movimento negro radical com o lançamento de A Autobiografia de Malcolm X.
Malcolm Little nasce em Omaha, no estado de Nebraska, em 19 de maio de 1925. O pai, o reverendo Earl Little, era seguidor do ativista Marcus Grey. Morre num acidente com um bonde. Talvez sua morte seja culpa de supremacistas brancos.
A família fica tão pobre que a mãe cata folhas na rua para alimentar os filhos. Quando ele é internada num asilo para doentes mentais, em 1939, Malcolm e os irmãos vão morar com parentes.
Excelente aluno, Malcolm é aconselhado pelos professores a ser carpinteiro. Como quer ser advogado, termina sendo expulso da escola e abandona a educação formal na oitava série. Ele vai morar com uma meia-irmã em Boston, onde se envolve com pequenos crimes. Vira traficante de drogas e líder de uma quadrilha de ladrões em Boston e depois em Nova York.
Na cadeia, entre 1946 e 1952, ele se converte ao islamismo e entra para a Nação do Islã, um grupo do movimento negro norte-americano que mistura o Islã com o nacionalismo negro. Para se educar, passa horas na biblioteca da prisão todos os dias.
Ao sair da prisão, Malcolm conhece Elijah Muhammad, líder da Nação do Islã, e passa a ser organizador do grupo em Boston, em Nova York e na Filadélfia. Reconhecendo o talento e a habilidade de Malcolm, Muhammad o nomeia para segundo na hierarquia da Nação do Islã.
Como a maioria dos membros da Nação do Islã, ele para de usar o sobrenome, que no caso dos negros norte-americanos era o sobrenome dos senhores de escravos, e passa a se chamar Malcolm X.
Grande orador, carismático, radical e um organizador incansável, Malcolm X expressa a angústia, a raiva e a frustração dos afro-americanos durante a maior parte da luta dos negros pelos direitos civis (1955-65).
Malcolm argumenta que a luta pelos direitos civis não é apenas para sentar num restaurante e votar, é sobre a independência, a integridade e a identidade negras. Em contraste com o pacifismo do reverendo Martin Luther King Jr., Malcolm orienta seus seguidores a se defender por "quaisquer meios necessários".
Em março de 1964, Malcolm deixa a Nação do Islã. Ameaçado de morte pelo pessoal de Muhammad, Malcolm faz a peregrinação a Meca em abril de 1964. Ele vai duas vezes à África e discursa na Organização da Unidade Africana, hoje União Africana.
Em 1965, Malcolm funda a Organização de Unidade Afro-Americana. A hostilidade com a Nação do Islã se exacerba. Malcolm X é assassinado quando se prepara para fazer uma palestra no Salão de Baile Audubon, em Washington Heights, em Nova York.
NIXON VISITA CHINA
Em 1972, o presidente Richard Nixon inicia uma visita de sete dias a três cidades da República Popular da China (RPC), abrindo caminho para o estabelecimento de relações diplomáticas entre o regime comunista de Mao Tsé-tung e os Estados Unidos.
As viagens de Nixon à China e depois à União Soviética, quando Henry Kissinger é o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, marcam o começo do que se chamou de détente, um degelo na Guerra Fria nos anos 1970 que vai até a invasão soviética ao Afeganistão, no Natal de 1979. Nixon é um anticomunista da linha dura, então não é acusado de leniência com as grandes potências comunistas.
Kissinger e Nixon entendem que a China é um país grande demais para ficar isolado. Quando a China e a URSS estão à beira da guerra com uma série de escaramuças em sua enorme fronteira comum, em 1969, os EUA veem uma oportunidade de se aproximar da China. Por causa da rivalidade com a URSS, no fim da Guerra Fria, a China é virtualmente uma aliada não membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Primeiro, uma delegação de pingue-pongue dos EUA é convidada a jogar na China. Em julho de 1971, Kissinger faz uma visita secreta à China saindo do Paquistão, se encontra com o primeiro-ministro Chu Enlai e prepara a viagem de Nixon.
Com esta aproximação, em outubro de 1971, a RPC assume a cadeira da China na Assembleia Geral e no Conselho de Segurança das Nações Unidas, até então ocupada por Taiwan. Os EUA e a China reatam relações diplomáticas em 1979.
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