Ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o primeiro líder estrangeiro a visita a Casa Branca no novo governo, Trump alegou que Gaza virou um lugar inabitável e promoveu fazer do território palestina uma Riviera do Oriente Médio.
A Arábia Saudita repudiou a proposta e condicionou o estabelecimento de relações com Israel à criação de um Estado palestino. O Egito e a Jordânia, aliados dos EUA para onde Trump quer mandar os palestinos, que fizeram a paz com Israel no século passado, também rejeitaram a ideia. Certamente haveria revolta das massas árabes, uma ameaça para os governos desses três países.
A remoção forçada dos palestinos reavivaria a memória da Nakba (catástrofe), como os árabes chamam a fundação de Israel, e o fracasso dos EUA ao tentar reconstruir as nações do Afeganistão e do Iraque, invadidos no início do século.
Com a proposta estapafúrdia, Trump fortalece a determinação do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) de lutar por seus território, bombardeia a trégua em andamento, desestabiliza regimes aliados e reforça a ideia de que Israel é um enclave colonial plantado no Oriente Médio para resolver um problema gerado pelo Holocausto, a tentativa da Alemanha Nazista de exterminar os judeus da Europa na Segunda Guerra Mundial.
Ao retomar o expansionismo militar, querer anexar a Groenlândia, retomar o Canal do Panamá, transformar o Canadá no 51º estado dos EUA e agora ocupar Gaza, Trump legitimita as ambições imperiais do ditador russo, Vladimir Putin, de controlar os países da antiga União Soviética e do ditador chinês, Xi Jinping, de reintegrar Taiwan à força. Cria um mundo mais instável, mais perigoso e mais distante da paz num momento em que volta o risco de uma guerra nuclear entre as grandes potências.
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