segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Hoje na História do Mundo: 17 de Fevereiro

JEFFERSON ELEITO PELA CÂMARA

    Em 1801, depois de um empate no Colégio Eleitoral, a Câmara dos Representantes elege Thomas Jefferson presidente dos Estados Unidos.

Jefferson nasce em 2 de abril (13 de abril pelo calendário atual) de 1743 em Shadwell, na colônia da Virgínia. Ele estuda grego e latim na adolescência e entra no College of William & Mary, em Williamburgo. Obsessivo, passa 15 horas por dia lendo livros e outras três horas tocando violino.

Principal autor da Declaração de Independência, ele é o primeiro secretário de Estado (1789-94), o segundo vice-presidente (1797-1801) e o terceiro presidente dos EUA (1801-9). Defensor da separação total entre Igreja e Estado. 

Grande defensor da liberdade individual para ideia central da Revolução Americana, o que lhe valeu a alcunha de "apóstolo da liberdade", é importante na redação da Constituição dos EUA e das dez primeiras emendas, consideradas a declaração de direitos do país.

Durante seu governo, em 1803, os EUA compram a Louisiana da França de Napoleão Bonaparte, um território de mais de 2 milhões de quilômetros quadrados ao longo do Valei do Rio Mississípi

Sua reputação é abalada por ter escravos e ter a convicção de que os EUA deveriam ser governados por homens brancos. Em 1998, um exame de DNA comprova que teve um filho com Sally Hemings, uma escravizada de quem era dono. 

BOMBA H BRITÂNICA

    Em 1955, em plena Guerra Fria, o ministro da Defesa do Reino Unido, Harold Macmillan, futuro primeiro-ministro, anuncia a decisão de fazer a bomba atômica de hidrogênio.

A bomba H é mil vezes mais poderosa do que as bombas de urânio e plutônio jogadas pelos Estados Unidos em Hiroxima e Nagasáki, no Japão, no fim da Segunda Guerra Mundial, em 6 e 9 de agosto de 1945.

Em 29 de agosto de 1949, a União Soviética explode a bomba atômica. Na corrida armamentista nuclear da Guerra Fria, isso leva os EUA a investir na bomba H. Washington explode sua primeira bomba H em 1º de novembro de 1952.

O Reino Unido detona sua bomba atômica em 3 de outubro de 1952, tornando-se a terceira potência nuclear. Macmillan toma a decisão de fazer a bomba H antes da URSS testar sua bomba de hidrogênio, em 22 de novembro de 1955. 

A primeira bomba H britânica é detonada em 15 de maio de 1957. A França e a China também têm bombas de hidrogênio.

CHINA INVADE O VIETNÃ

    Em 1979, pouco menos de dois meses depois da invasão do Vietnã ao Camboja para derrubar o regime genocida do Khmer Vermelho, aliado de Beijim, o Exército Popular de Libertação da China invade o Vietnã, aliado da União Soviética, na primeira guerra aberta entre países comunistas.

As duas grandes potências comunistas, a China e a URSS, apoiam o Vietnã do Norte na guerra contra os Estados Unidos (1964-73) durante a Guerra Fria. Duas semanas antes do fim da Guerra do Vietnã com a queda de Saigon em 30 abril de 1975, o Khmer Vermelho toma o poder no Camboja e instaura seu reino do terror, com apoio chinês.

Diante da rivalidade entre China e URSS, o Vietnã unificado fortalece as relações com os soviéticos. A invasão do Camboja, no Natal de 1978, e a queda do ditador Pol Pot, em 9 de janeiro de 1979, levam à invasão chinesa.

Depois de nove dias de intensos combates, a invasão é repelida. A Guerra Sino-Vietnamita termina em 16 de março, mas as escaramuças na fronteira continuam até os anos 1980. O Vietnã vence porque a China se retira e o Vietnã mantém a ocupação do Camboja.

INDEPENDÊNCIA DO KOSSOVO

    Em 2008, a região do Kossovo declara independência da Sérvia, mas muitos países não a reconhecem até hoje. A Corte Internacional de Justiça decide que o Kossovo não violou o direito internacional.

Ao todo, 114 países reconhecem a independência do Kossovo, entre eles Estados Unidos e a maioria dos países da União Europeia, mas não a Rússia. Até hoje o Kossovo não faz parte das Nações Unidas por causa do veto da Rússia.

O Kossovo, onde a maioria da população tem origem albanesa, tinha o status de província autônoma da Sérvia dentro da Iugoslávia. Com o declínio do comunismo como ideologia, o líder sérvio Slobodan Milosevic apela para o nacionalismo sérvio para se manter no poder. Em 1987, faz um discurso em Pristina, a capital do Kossovo, dizendo que os sérvios nunca mais serão humilhados na sua própria terra.

É a senha para destampar os nacionalismos ferozes dos bálcãs. Em 1991, a Croácia e a Eslovênia declaram independência. A Sérvia, que domina o Exército Federal da Iugoslávia, não aceita e vai à guerra. Em 1992, a Bósnia-Herzegovina declara independência. É o início da mais brutal das guerras que dividem a Iugoslávia, com mais de 100 mil mortes em três anos, cerco de Sarajevo, massacres e campos de concentração como a Europa não via desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Em 1995, os acordos de Dayton, nos EUA, fazem a paz entre Bósnia, Croácia e Sérvia. No ano seguinte, Milosevic assenta 16 mil refugiados sérvios da Bósnia e da Croácia no Kossovo, muitos contra a vontade.

Diante da discriminação e da repressão contra a maioria albanesa, em 28 de fevereiro de 1998, começa a guerra entre a Sérvia e os rebeldes do Exército de Libertação do Kossovo. Em resposta aos massacres cometidos pelas forças de Milosevic, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) entra na guerra em 24 de março de 1999 com bombardeios aéreos maciços. A Sérvia se rende em 11 de junho, depois de 78 dias de ataques aéreos da OTAN.

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