Antes de iniciar negociações formais, o presidente Donald Trump marginalizou a Europa e fez as principais concessões que o ditador Vladimir Putin exige, legitimando na prática a guerra de agressão e de conquista da Rússia contra a Ucrânia.
Na quarta-feira passada, Trump falou por telefone com Putin durante meia hora, rompendo o isolamento político, diplomático e econômico a que os Estados Unidos e a Europa haviam relegado o ditador russo desde a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. Hoje, EUA e Rússia começam negociações na Arábia Saudita sem a participação da Europa e da Ucrânia.
Em entrevista na sede da OTAN, em Bruxelas, na semana passada, o secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, considerou "irrealista" as ambições da Ucrânia de recuperar os territórios conquistados pela Rússia desde 2014 e de entrar para a OTAN.
A Europa fez uma reunião de emergência na segunda-feira em Paris com a participação dos países "capazes e voluntários", nas palavras do presidente francês, Emmanuel Macron, com a participação da Alemanha, da Dinamarca, da Espanha, da França, da Holanda, da Itália, da Polônia, do Reino Unido e do presidente do Conselho Europeu, António Costa, da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte. Na pauta, qual a posição em relação ao futuro da Ucrânia e como organizar a defesa do continente diante da hostilidade e do descaso dos EUA.
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