segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Hoje na História do Mundo: 3 de Fevereiro

NASCIMENTO DE MANDELSSOHN

    Em 1809, nasce em Hamburgo, hoje parte da Alemanha, o compositor, pianista, maestro e professor Felix Mandelssohn, um dos expoentes do início do Período Romântico (1830-1910), que dá mais importância ao sentimento e à imaginação do que às regras rígidas do Período Clássico (1750-1830).

Jakob Ludwig Felix Mandelssohn Bartholdy nasce em uma família judaica que se converte ao cristianismo, ao protestantismo luterano, para se adaptar às ideias liberais do século 19. 

Em 1811, durante a ocupação de Hamburgo pela França, a família vai para Berlim, onde o jovem Mandelssohn estuda piano com Ludwig Berger e composição com Carl Friedrich Zelter. Aos 9 anos, ele faz a primeira apresentação em Berlim.

Ao todo, Mandelssohn compõe cerca de 750 músicas, incluindo sinfonias, óperas, concertos, sonatas, fugas e peças para orquestras de cordas. Talvez sua obra mais famosa seja Sonho de uma Noite de Verão, que inclui a famosa Marcha Nupcial.

DIREITO DE VOTO PARA NEGROS

    Em 1870, a 15ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos é ratificada para garantir o direito de voto para todos os homens adultos, independentemente da raça ou cor da pele. Junto com a 13ª e da 14ª Emendas, assegura os direitos civis dos antigos escravos depois da Guerra da Secessão (1861-65).

A 13ª Emenda aboliu a escravatura e a 14ª Emenda, conhecida como a emenda da Reconstrução pós-guerra civil, deu cidadania plena aos afroamericanos. A 15ª Emenda determina que o direito de voto não pode ser negado "com base na raça, cor ou prévia condição de servidão."

As mulheres só conquistam o direito de voto em 1920, com a 19ª Emenda à Constituição dos EUA.

EUA ROMPEM COM ALEMANHA

    Em 1917, antes de entrar na Primeira Guerra Mundial (1914-18), os Estados Unidos rompem relações com a Alemanha em protesto contra a decisão alemã de fazer ataques indiscriminados de submarinos no Oceano Atlântico e por causa do Telegrama Zimmermann, uma mensagem do ministro do Exterior alemão, Arthur Zimmermann, propondo uma aliança ao México com a promessa de ajuda o país a retomar o território conquistado pelos EUA na Guerra Mexicano-Americana (1846-48).

No Discurso de Despedida, em 1796, o primeiro presidente dos EUA, George Washington, recomenda que o país comercie com todos os países, mas não se envolva em guerras externas, especialmente com países europeus. É um dos documentos fundadores da política externa norte-americana. Está na origem da política externa isolacionista.

A economia dos EUA prospera com a neutralidade, embora a Alemanha ataque o comércio transatlântico, e o país tem uma grande população de origem britânica e alemã. 

Em fevereiro de 1915, os Estados Unidos alertam a Alemanha sobre o uso indevido de submarinos. Em 22 de abril, a Embaixada Imperial Alemã adverte os cidadãos norte-americanos contra o embarque em navios para o Reino Unido pelo risco de enfrentar um ataque alemão. 

Em 7 de maio de 1915, a Alemanha torpedeia e afunda o transatlântico britânico de passageiros Lusitania, matando 1.199 civis, inclusive 128 americanos. A partir daí, a opinião pública dos EUA passa a ver a Alemanha como um país hostil, ainda que não a ponto de entrar na guerra. Mas o presidente Woodrow Wilson (1913-21), um idealista e um cristão devoto, acredita que Deus convoca os EUA a entrar na guerra. 

Em discurso no Congresso, em 3 de fevereiro de 1917, ele anuncia o rompimento com a Alemanha. Para convencer os norte-americanos a entrar na guerra, Wilson declara que "é a guerra para acabar com todas as guerras".

Wilson pede autorização ao Congresso para entrar na guerra em 2 de abril de 1917. Em 6 de abril, o Congresso aprova e os EUA se juntam aos aliados: França, Reino Unido, Rússia, Itália e Japão. Os primeiros soldados norte-americanos desembarcam na França em 26 de junho.

A participação dos EUA é decisiva para a vitória aliada. No fim da guerra, o presidente Wilson apresenta um plano de paz de 14 pontos que inclui a fundação da Liga das Nações, a primeira organização internacional de caráter universal dedicada à paz mundial, mas o Senado dos EUA não ratifica a Convenção da Liga e a maior potência mundial fica fora da organização. 

A Conferência de Paz de Versalhes (1919) impõe exigências e indenizações pesadas à Alemanha. É a paz para acabar com todas as pazes. Incentiva o revanchismo alemão e a ascensão do nazismo.

EUA TOMAM ILHAS MARSHALL

    Em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), os Estados Unidos invadem e conquistam as Ilhas Marshall, ocupadas pelo Império do Japão na Primeira Guerra Mundial (1914-18).

O primeiro europeu a avistar as Ilhas Marshall é da frota espanhola de Alonso Salazar, em 1526. As ilhas viram colônia espanhola. O capitão John Charles Marshall chega em 1788. Por volta de 1820, o explorador russo Adam Johann von Krusenstern e o explorador francês Louis Isidore Duperrey passam a chamar o arquipélago de Ilhas Marshall.

As ilhas viram um protetorado alemão. No Tratado de Versalhes (1919), depois da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha renuncia a todas suas possessões no Oceano Pacífico. Em 1920, o Conselho da Liga das Nações entrega as ilhas dominadas pela Alemanha acima da linha do Equador para o Japão.

Na Segunda Guerra Mundial, os EUA invadem e ocupam as Ilhas Marshall.

DOLCE VITA

    Em 1960, a comédia dramática La Dolce Vita, do diretor italiano Federico Fellini, com Marcello Mastroiani e Anita Ekberg, tem sua estréia mundial para se tornar um dos filmes mais importantes da história do cinema.

Mastroiani é um jornalista desiludido que escreve fofocas sobre a vida da alta burguesia, com vergonha da superficialidade do seu trabalho, mas fraco demais para da vida fácil: bebida, mulheres e alegrias fugazes.

Fellini critica o consumismo e a decadência da vida burguesa. A cena inicial mostra uma estátua de Jesus Cristo em Roma misturada com mulheres de biquíni, num contraste da promiscuidade entre o sagrado e o profano. O Vaticano condena o filme.

Numa cena épica, Mastroiani e Ekberg flertam na Fontana di Trevi, um dos lugares mais famosos da capital da Itália.

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