TRATADO DE GUADALUPE HIDALGO
Em 1848, os Estados Unidos e o México assinam um acordo de paz que acaba com a Guerra Mexicano-Americana (1846-48), que traça a fronteira entre os dois países no Rio Grande. Com um pagamento de US$ 15 milhões, os EUA tomam 1,36 milhão de quilômetros, 41% do território mexicano, onde ficam os estados da Califórnia, do Arizona, do Colorado, de Nevada, do Novo México, do Texas e de Utah.
Esta anexação praticamente completa a expansão territorial dos EUA e deflagra guerras civis nos dois países, no México em 1857 e nos EUA a Guerra da Secessão (1861-65).
O conflito começa com a Guerra da Independência do Texas ou Revolução Texana (1835-36) e com a disputa sobre onde fica a fronteira dos dois países, no Rio das Nozes, como queria o México, ou no Rio Grande, como reivindica os EUA.
Pouco depois da anexação oficial do Texas, em 1845, o México corta relações com os EUA. Em setembro, o presidente James Polk manda John Slidell em missão secreta à Cidade do México para negociar a questão da fronteira e propor a compra da Califórnia e do Novo México por US$ 30 milhões.
Quando o presidente mexicano, José Joaquín Herrera, se nega a receber Slidell, o presidente Polk manda o general Zacharias Taylor ocupar o território entre os rios Grande e das Nozes. ''
Polk se prepara em 9 de maio para pedir autorização ao Congresso para declarar guerra sob a alegação de que o México se recusa a aceitar as reivindicações dos EUA, quando recebe a notícia de que o México cruzou o Rio Grande en 25 de abril e atacou as forças de Zacharias, matando ou ferindo 16 norte-americano.
Em 11 de maio, pede que o Congresso aprove a guerra sob a alegação de que o México "invadiu nosso território e derramou sangue de norte-americanos em solo dos EUA. O Congresso autoriza a guerra em 13 de maio, mas o país se divide. Entre os mais agressivos desafiantes de Polk está o deputado e futuro presidente Abraham Lincoln.
Os abolicionistas veem na guerra uma tentativa dos estados escravagistas de ampliar a escravidão. Um dos abolicionistas é o escritor e naturalista Henry David Thoreau, preso em julho de 1846 por se negar a pagar impostos com o argumento de não querer financiar a guerra. Ele escreve o livro Desobediência Civil, em que propõe a legitimidade de revoltas pacíficas contra injustiças do governo.
No início da guerra, o general e ex-presidente mexicano Antonio López de Santa Anna entra em contato com Polk. O presidente dos EUA manda resgatá-lo do exílio em Cuba para negociar a paz. Santa Anna assume o comando militar mexicano.
As doenças matam pelo menos 10 mil soldados dos EUA, mais do que os 1,5 mil mortos em combate. Em 14 de setembro de 1847, as tropas do general Winfield Scott entram na Cidade do México. É o fim da fase militar da guerra.
FIM DA BATALHA DE STALINGRADO
Em 1943, os últimos soldados da Alemanha Nazista se rendem em Stalingrado, na União Soviética, depois de cinco meses de uma batalha decisiva da Segunda Guerra Mundial (1939-45) e das mais sangrentas da história, com quase 2 milhões de mortos e feridos.
Depois da tomar a Europa Ocidental e não conseguir invadir o Reino Unido ao perder a Batalha da Inglaterra, uma batalha aérea, em outubro de 1940, a Alemanha invade a URSS em 22 de junho de 1941, no início do verão.
Os alemães atacaram em três frente, no Norte, rumo a Leningrado; no Centro, em direção a Moscou; e no Sul, em direção à Ucrânia e além, chegando a Stalingrado (hoje Volgogrado).
A Batalha de Stalingrado começa em 23 de agosto de 1942 e é um momento de virada na guerra. A partir daí, o Exército Vermelho contra-ataca e inicia sua ofensiva rumo a Berlim, que cai em 8 de maio 1945, fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.
CARNICEIRO DE UGANDA
Em 1971, Idi Amin Dada se declara presidente de Uganda e impõe uma ditadura brutal pelos próximos oito anos.
Quando Uganda se torna independente, em 1962, Idi Amin se aproxima do primeiro-ministro e presidente Milton Obote. Ele se torna comandante do Exército e da Força Aérea. Dá um golpe em 25 de janeiro de 1971 e impõe uma tirania.
Em 1972, expulsa os asiáticos de Uganda, na maioria indianos, o que tem forte impacto negativo na economia. Muçulmano, hostiliza Israel, se aproxima da Líbia e dos palestinos. Envolve-se diretamente no sequestro de um avião francês desviado para Entebe, em 1976, quando comandos israelenses invadem o país para resgatar os reféns.
Cerca de 300 mil pessoas morrem sob a ditadura de Idi Amin, comparado pelo senador Paulo Brossard ao ditador brasileiro Ernesto Geisel (1974-79) no discurso Carranca não é autoridade.
Em outubro de 1978, Idi Amin ordena um ataque à vizinha Tanzânia. Com o apoio da oposição em Uganda, o Exército da Tanzânia vence a guerra. Quando as forças tanzanianas se aproximam de Kampala, a capital de Uganda, em 11 de abril de 1979, Idi Amin foge para a Líbia e depois para a Arábia Saudita, onde morre em 16 de agosto de 2003.
MORTE DE SID VICIOUS
Em 1979, o baixista Sid Vicious, da banda Sex Pistols, pioneira do punk rock na Inglaterra, morre em Nova York de dose excessiva de heroína.
John Simon Ritchie nasce em Lewisham, na Inglaterra, em 10 de maio de 1957. Começa a carreira musical em 1976. No ano seguinte, com a saída de Glen Matlock dos Sex Pistols, ele vira baixista da banda, posição que ocupa até o fim da banda, em janeiro de 1978.
Durante sua experiência caótica nos Sex Pistols, Sid conhece Nancy Spungen, que se torna sua namorada e empresária. Os dois têm uma relação destrutiva com uso e abuso de heroína que termina com a morte de Nancy em 12 de outubro de 1978. Ele é preso sob a acusação de assassinato e solto em liberdade condicional.
Sua mãe dá uma festa para festejar a libertação. Ele usa heroína e é encontrado morto no dia seguinte.
LEGALIZAÇÃO DO CNA
Em 1990, o último presidente branco da África do Sul, Frederik de Klerk, acaba com a proscrição do Congresso Nacional Africano (CNA), o principal partido da maioria negra, abrindo caminho para a libertação de Nelson Mandela em 11 de fevereiro daquele ano.
O CNA nasce em 1912 como Congresso Nacional dos Nativos Sul-Africanos. Em 1923, é rebatizado como Congresso Nacional Africano. Desde os anos 1940, é a ponta de lança da luta da maioria negra contra o regime do apartheid, a política de segregação racial da ditadura da minoria branca.
Sob a inspiração do naturalista norte-americano Henry David Thoreau, do escritor russo Leon Tolstoy e do líder da independência da Índia, Mohandas Gandhi, Mandela defende a luta pacífica. Depois da morte de 69 negros no Massacre de Sharpeville, em 21 de março de 1960, o CNA adere à luta armada e é proscrito.
Comandante do braço armado do CNA, Umkhonto we sizwe (Lança da Nação), Mandela é preso em 1962 e condenado à morte em 1964, pena comutada para prisão perpétua. Depois de 27 anos, sai da prisão para negociar o fim do apartheid e levar a maioria negra ao poder nas primeiras eleições democráticas, em 1994.
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