terça-feira, 7 de junho de 2011

OTAN faz maior bombardeio a Trípoli

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) lançou hoje seu bombardeio mais forte contra a capital da Líbia desde que interveio militarmente no país, a partir de 17 de março de 2011, com autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas para proteger a população civil dos ataques da ditadura do coronel Muamar Kadafi, noticia o jornal The New York Times.

Em mensagem de voz na televisão estatal, Kadafi prometeu não se render nunca. Porta-vozes do regime líbio declararam que Trípoli foi atacada 60 vezes no dia de hoje.

Em Washington, durante encontro de cúpula na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, afirmaram que Kadafi precisa deixar o cargo imediatamente.


Como o Brasil, a China e a Rússia, a Alemanha se absteve na votação da ONU que autorizou o uso da força na Líbia, apesar de ser da OTAN e portanto aliada dos Estados Unidos, da França e do Reino Unido, que lideram a operação militar. Mas, enquanto os outros países entendem que a intervenção está indo além do mandato dado pelo Conselho de Segurança, Merkel apoia a decisão de derrubar Kadafi.

É difícil imaginar que grandes potências que entraram numa guerra para impedir um ditador de massacrar sua própria população aceitem deixá-lo no poder. A situação poderia se repetir. Mas a Resolução 1.973 não autoriza derrubar Kadafi.

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