O presidente do Equador, Rafael Correa, prorrogou o estado de exceção até sexta-feira, mas cedeu e deu aumento a policiais e militares, depois da revolta da quinta-feira passada, que chamou de tentativa de golpe de Estado.
Foi justamente uma nova lei que retirava benefícios e alongava o prazo para pedir aumento de salário por tempo de serviço que deflagrou o motim da semana passada.
Correa recuou e aparentemente abandonou os planos de fechar o parlamento. Pela nova Constituição, o presidente poderia dissolver o parlamento e convocar eleições antecipadas, inclusive para a Presidência.
É quase certo que Correa seria reeleito. Mas não há a menor garantia de que a composição da próxima Assembleia Nacional seja a mesma, com o governo sem maioria absoluta.
A derrota da revolta policial fortalece Correa, na medida em que afasta pelo menos por enquanto as ameaças golpistas, mas o obriga a ser mais conciliador e a dialogar mais.
O estilo autoritário o colocou em conflito até com as organizações indígenas, que na semana passada lhe deram apoio para evitar um golpe de Estado.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário