terça-feira, 5 de outubro de 2010

Equador prorroga exceção mas dá aumento

presidente do Equador, Rafael Correa, prorrogou o estado de exceção até sexta-feira, mas cedeu e deu aumento a policiais e militares, depois da revolta da quinta-feira passada, que chamou de tentativa de golpe de Estado.


Foi justamente uma nova lei que retirava benefícios e alongava o prazo para pedir aumento de salário por tempo de serviço que deflagrou o motim da semana passada.


Correa recuou e aparentemente abandonou os planos de fechar o parlamento. Pela nova Constituição, o presidente poderia dissolver o parlamento e convocar eleições antecipadas, inclusive para a Presidência.


É quase certo que Correa seria reeleito. Mas não há a menor garantia de que a composição da próxima Assembleia Nacional seja a mesma, com o governo sem maioria absoluta.


A derrota da revolta policial fortalece Correa, na medida em que afasta pelo menos por enquanto as ameaças golpistas, mas o obriga a ser mais conciliador e a dialogar mais. 


O estilo autoritário o colocou em conflito até com as organizações indígenas, que na semana passada lhe deram apoio para evitar um golpe de Estado.

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