Os líderes do Grupo dos Vinte (19 países mais ricos do mundo e a União Europeia) admitiram, na reunião de cúpula que termina hoje em Toronto, no Canadá, que a recuperação da economia mundial é frágil. Mas não chegaram a um acordo para coordenar os esforços no combate à crise.
Enquanto os Estados Unidos, o Brasil e os outros países emergentes querem destaque no documento final para políticas de estímulo ao crescimento, a Europa está mais preocupada em cortar gastos para reduzir os déficits orçamentários.
O Brasil, os demais emergentes, o Japão e o Canadá não aceitam a introdução de impostos sobre os lucros dos bancos e as transações financeiras internacionais.
Além disso, os países em desenvolvimento querem mais voz e mais votos nas instituições financeiras internacionais, como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial.
Com a ausência do presidente Lula, que ficou no Brasil a pretexto de combater a enchente no Nordeste, a presidente da Argentna, Cristina Kirchner, foi a porta-voz dos governos latino-americanos. Ela defendeu a proposta de investir no crescimento, citando como exemplo a crise argentina de 2001.
Na época, o governo argentino fez várias tentativas de equilibrar as contas públicas sem sucesso, o que levou ao colapso da dolarização do peso.
A desvalorização e o congelamento das contas em dólares provocaram uma corrida bancária e o virtual colapso da economia do país
Como costuma acontecer nas reuniões de líderes mundiais, houve manifestações de protesto do movimento antiglobalização, anarquistas, esquerdistas, feministas, pacifistas e ecologista. Um grupo mais radical enfrentou a polícia e incendiou uma viatura.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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