A República da Guiné, uma antiga colônia francesa do Oeste da África realizou hoje sua primeira eleição presidencial livre desde a independência, em 1958. Como há 24 candidatos, 23 homens e uma mulher, a expectativa é que haja um segundo turno entre os dois mais votados em 18 de julho.
O país foi governo por uma sucessão de ditadores. Ahmed Sékou Touré da independência até 1984. Lantana Conté, daquela época até sua morte.
Em 23 de dezembro de 2008, o capitão Moussa Dadis Câmara tomou o poder num golpe de Estado prometendo convocar eleições.
Em 28 de setembro de 2009, o Exército atirou contra uma multidão da manifestantes que pediu democracia, matando pelo menos 156 pessoas. Os soldados foram acusados de violentar sexualmente as mulheres presas na ocasião.
Os favoritos para chegar ao segundo turno são Alpha Conde, da Assembleia do Povo da Guiné; Cellou Dalein Diallo, da União das Forças Democráticas da Guiné; e Sidya Touré, da União das Forças Republicanas.
Depois de votar, Touré declarou que "a situação da Guiné não permite que ninguém governe só para si mesmo, seu partido, grupo ou comunidade. Todos os guineenses devem trabalhar junto".
Com 10 milhões de habitantes, um terço vivendo na miséria, a Guiné precisa de estabilidade política para atrair investimentos e desenvolver a produção mineral.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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