O Brasil vai reivindicar, na reunião do Grupo dos Vinte (G-20), neste fim de semana, no Canadá, uma reforma do sistema financeiro internacional que dê mais poder aos países emergentes nas instituições econômicas internacionais e a conclusão das negociações de liberalização comercial da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio.
Na visão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a melhor maneira de colocar a dívida pública numa trajetória sustentável é a retomada do crescimento, disse ontem o porta-voz do Palácio do Planalto, Marcelo Baumbach.
É uma crítica velada aos países europeus, liderados pela Alemanha, que querem impor uma rígida disciplina fiscal na Eurozona para evitar novas crises como a da Grécia.
Nesta questão do crescimento, a posição brasileira é mais próxima dos EUA. Na reforma da regulamentação do sistema financeiro internacional, o Brasil está mais próximo da posição europeia.
Mas Brasil, Argentina e Índia se opõem à imposição de um imposto sobre transações financeiras internacionais e outro sobre o lucro dos bancos, alegando que seus sistemas financeiros não foram responsáveis pela crise nem duramente abalados por ela.
Lula pretende ainda relançar as negociações da Rodada Doha, com base nas propostas que estavam em discussão em 2008.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário