O candidato favorito ao governo do estado mexicano de Tamaulipas, Rodolfo Torre Cantú, foi assassinado hoje. As maiores suspeitas recaem sobre traficantes de drogas.
Outras seis pessoas morreram no ataque de pistoleiros do narcotráfico ao candidato do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que dominou a política no México de 1929 a 2000 e hoje está na oposição.
É mais um desafio ao presidente conservador Felipe Calderón, do Partido de Ação Nacional (PAN) que declarou uma guerra ao tráfico de drogas no início de seu governo, sob pressão dos Estados Unidos, e aparentemente só agravou o problema. Como o lucro do tráfico de drogas para os EUA é multibilionário, as máfias se militarizaram e desafiam o Estado mexicana.
Mais de 19 mil pessoas morreram em quatro da guerra contra as drogas de Calderón, alvo de severas críticas do escritor, historiador e ex-ministro das Relações Exteriores Jorge Castañeda, que está debatendo ideias para a campanha eleitoral de 2012.
Castañeda propõe a legalização da maconha, se a medida for aprovada num referendo em novembro deste ano na Califórnia, nos EUA. Alega que não faz sentido os mexicanos continuarem se matando, se a droga for liberada ao norte da fronteira.
Antes de mais nada, defende um rebaixamento da questão das drogas à esfera policial, desmilitarizando a luta contra bandidos, traficantes e pistoleiros, que não é uma guerra.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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