HITLER EM PARIS
Em 1940, o ditador nazista Adolf Hitler faz sua única visita a Paris, tomada dias antes, em 14 de junho, pelas forças da Alemanha na Segunda Guerra Mundial (1939-45). Ao sair, diz que foi "o maior e mais belo momento da minha vida."
Quando os aliados estão prestes a libertar a capital da França, em agosto de 1944, Hitler manda o comandante militar alemão incendiar a cidade, mas o general não faz isso, talvez por não ter mais poder.
Na sua biografia, Dietrich von Choltitz tenta levar a glória por poupar a Cidade Luz, uma das capitais do mundo, mas talvez não tivesse mais o controle de Paris.
NASSER ELEITO PRESIDENTE
Em 1956, o coronel Gamal Abdel Nasser é eleito presidente do Egito com 99,95% dos votos, votação típica de ditadores.
Nasser, um dos líderes da Revolução dos Coronéis, que derruba o rei Faruk em 1952, nacionaliza o Canal de Suez, em 26 de julho de 1956, provocando a Segunda Guerra Árabe-Israelense. É o líder do nacionalismo pan-árabe até a humilhante derrota para Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Fundador da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), em 1964, governa o Egito até a morte, em 1970.
Quando Nasser ameaça fechar o Canal do Suez e manda a força de paz das Nações Unidas sair da Península do Sinai, Israel toma como ameaça de uma guerra iminente e bombardeia as forças aéreas dos países árabes em solo, em 5 de junho de 1967.
Com total superioridade aérea, Israel obtém uma vitória rápida e decisiva na Guerra dos Seis Dias. Ocupa a Península do Sinai e a Faixa de Gaza, do Egito; a Cisjordânia, inclusive o setor oriental (árabe) de Jerusalém, da Jordânia; e as Colinas do Golã, da Síria.
OBSTRUÇÃO DE JUSTIÇA
Em 1972, o chefe da Casa Civil da Casa Branca, Harry Haldeman, aconselha o presidente Richard Nixon (1969-74) a pressionar o diretor-geral do FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal dos Estados Unidos, a ficar fora da investigação do Escândalo de Watergate.
O escândalo é resultado da invasão do Edifício Watergate, onde ficava a sede do diretório nacional do Partido Democrata, em Washington, em 17 de junho de 1972. Depois se descobre que era a turma de encanadores da Casa Branca, que instalaria equipamentos de escuta. No mesmo ano, Nixon é reeleito com ampla margem sobre o democrata George McGovern.
Ao cobrir o caso no tribunal, o repórter Carl Berstein, do jornal The Washington Post desconfia porque os advogados de defesa estão entre os mais caros de Washington.
Bernstein e seu colega Bob Woodward investigam o caso. Com informações de uma fonte identificada então como Garganta Profunda, nome de um filme pornográfico da época, chegam à Casa Branca. Eles assumem o compromisso de não divulgar o nome do informante enquanto ele estivesse vivo. Em 2005, aos 91 anos, Mark Felt, subdiretor do FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal dos EUA, em 1972, se revela.
Haldeman tenta convencer Nixon a obstruir a justiça, o que o leva à cadeia e à renúncia do presidente em 9 de agosto de 1974. Todos os ministros envolvidos no caso são presos. Nixon obtém o perdão presidencial de seu sucessor, o presidente Gerald Ford (1974-77).
CHEFÃO CONDENADO
Em 1992, o chefão da máfia John Gotti, conhecido como Dom Teflon, é sentenciado à prisão perpétua por 14 acusações de conspiração para matar e extorsão.
Minutos depois, centenas de aliados de Gotti tentam invadir o tribunal, no bairro do Brooklyn, em Nova York, e incendeiam carros até serem rechaçados pela polícia.
Gotti vira chefão da família Gambino depois do assassinato de Paul Castellano, em 1985, organizado por seu aliado Sammy Gravano, o Touro. Em 1990, é denunciado por conspiração para cometer o homicídio de Castellano e Gravano aceita depor contra ele. Gotti morre na cadeia de câncer na garganta.
BREXIT
Em 2016, por 52% a 48%, os britânicos decidem retirar o Reino Unido da União Europeia.
A saída britânica (Brexit) é consumada no início de 2021, depois de uma longa negociação de um acordo de divórcio e de um período de transição. O líder da campanha pela saída é o ex-primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
Uma pesquisa recente indica que a maioria do eleitorado não mudou de ideia, mas quer uma relação mais próxima com a UE. Os prejuízos à economia do país são evidentes. O comércio com o bloco europeu caiu tanto em exportações como importações. A questão da fronteira entre a Irlanda e a Irlanda do Norte gerou uma crise com a UE, ameaça a paz na Irlanda do Norte e as relações com os Estados Unidos. E a Escócia, onde 62% votaram para ficar no bloco europeu, quer realizar um novo plebiscito sobre a independência.
2 comentários:
Estes apanhados históricos são muito relevantes. Precisam ser sistematicamente evocados.
Parabéns por esse diligente trabalho de resgate da memória
Postar um comentário