sexta-feira, 21 de junho de 2024

Hoje na História do Mundo: 21 de Junho

RATIFICADA A CONSTITUIÇÃO DOS EUA

    Em 1788, Novo Hampshire se torna o nono estado a ratificar a Constituição dos Estados Unidos, que assim recebe a aprovação final para entrar em vigor em 4 de março de 1789.

A Convenção Constitucional se reúne em 25 de maio de 1787 sob a presidência de George Washington, comandante do Exército Continental, e redige uma Constituição com um governo federal forte, assinada em 17 de setembro por 38 dos 41 convencionais, que entra em vigor ao ser ratificada por pelo menos 9 dos 13 estados da União, 75% do total.

A partir de dezembro, cinco estados ratificam rapidamente a Constituição dos EUA: Delaware, Pensilvânia, Nova Jérsei, Geórgia e Connecticut. Massachusetts é contra pela falta de proteção a direitos fundamentais como as liberdades de expressão, de imprensa e religiosa.

Diante da promessa de que serão aprovadas emendas para garantir os direitos fundamentais, Massachusetts, Maryland e a Carolina do Sul ratificam a carta magna. Novo Hampshire é o nono estado a aprovar, seguido pela Virgínia e por Nova York.

Em 25 de setembro de 1789, o Congresso criado pela Constituição aprova 12 emendas. Dez seriam ratificadas até 1791 para garantir os direitos fundamentais.

A Carolina do Norte ratifica a carta em novembro de 1789. Rhode Island resiste, por ser contra a adoção de uma moeda única, até ser ameaçado de corte das relações comerciais pelo governo federal. Só ratifica em 29 de maio de 1790. 

A Constituição dos EUA é a mais antiga constituição nacional escrita em vigor no mundo. 

A Constituição de Massachusetts é mais antiga, de 1780. Tem cláusulas democráticas como o direito de qualquer cidadão de propor emendas. Todo ano a Assembleia Legislativa recebe de 5 a 7 mil emendas de iniciativa popular, que são examinadas por uma comissão para ver se são compatíveis com a carta antes de tramitar.

IBÉRIA LIVRE

    Em 1813, a França perde a Batalha da Vitória, na Guerra Peninsular, para forças do Reino Unido, da Espanha e de Portugal. Depois de nova derrota, na Batalha dos Pirineus, em 25 de julho, as tropas francesas saem em outubro do território espanhol. É o fim da invasão napoleônica da Península Ibérica, iniciada em 1807, quando a família real portuguesa foge para o Brasil.

A pretexto de reforçar as tropas que ocupam Portugal, o imperador francês Napoleão Bonaparte manda invadir a Espanha em 16 e fevereiro de 1808. É um momento crítico das guerras decorrentes da Revolução Francesa, que assolaram a Europa de 1792 a 1815. 

Em semanas, a invasão francesa toma Pamplona e Barcelona. O rei Felipe IV é obrigado a abdicar ao trono em 19 de março. Quatro dias depois, as tropas francesas sob o comando do general Joachim Murat conquistam Madri.

O Levante de 2 de Maio de 1808 contra as atrocidades cometidas pelo invasor causa uma resposta brutal de Murat, com a morte de cerca de 400 rebeldes e o fuzilamento de 44, registrado em quadro do pintor Francisco de Goya. 

Em 15 de junho, Napoleão proclama seu irmão José Bonaparte como rei da Espanha, deflagrando uma revolta generalizada na Península Ibérica. 

Uma força expedicionária britânica sob o comando do general Arthur Wellesley, o Duque de Wellington, intervém em 1809 e consegue libertar Portugal. 

A guerra na Espanha se arrasta, com a participação de bandos armados irregulares. As guerrilhas lançavam ataques rápidos e surpreendentes aos franceses e se retiravam em seguida. Uma antiga tática de guerra contra ocupações estrangeiras e exércitos mais poderosos ganha o nome de guerrilha durante a Guerra Peninsular.

A derrota da França é selada em 21 de junho de 1813, quando uma força aliada de 80 mil homens, sob o comando de Wellesley, vence o exército de 66 mil soldados de José Bonaparte. Em outubro, a Península Ibérica está liberada. 

Os aliados continuam a ofensiva. Invadem a França e vão até Toulouse. A ofensiva termina quando Napoleão abdica, em 11 de abril de 1814, e vai para o exílio na Ilha de Elba, no Mar Mediterrâneo, de onde foge com 700 homens em 25 de fevereiro de 1815. De volta a Paris, em 20 de março, reassume o trono por um breve período de 100 dias.

Sob o comando do Duque de Wellington, forças do Reino Unido, da Holanda, da Prússia e de principados germânicos derrotam Napoleão definitivamente na Batalha de Waterloo, na Bélgica, em 18 de junho de 1815. O imperador morre seis anos depois, em 5 de maio de 1821, no exílio na Ilha de Santa Helena, no Oceano Atlântico.

MORRE GENERAL QUE PERDEU PARTE DO MÉXICO

    Em 1876, morre na miséria na Cidade do México o general Antonio López de Santa Anna, que invade o Texas e vence a Batalha de El Álamo, mas depois perde mais de 40% do território do país para os Estados Unidos.

Santa Anna ganha destaque na Guerra da Independência do México (1810-21). Eleito presidente em 1833, proclama-se ditador em 1835 e entra em conflito com o movimento pela independência do estado mexicano do Texas, liderada pela população de origem europeia.

Para esmagar o movimento independentista, Santa Anna invade o Texas em 1836, derrota os rebeldes nas batalhas de El Álamo e Goliad, e ordena pessoalmente a execução de 400 prisioneiros. "Lembrem do Álamo" vira o grito de guerra da Revolução Texana.

Num ataque de surpresa em 21 de abril de 1836, os texanos aniquilam o exército de Santa Anna em São Jacinto. Capturado, sob ameaça de execução, Santa Anna ordena a retirada. O Texas se torna independente e pede anexação aos EUA.

Com a instabilidade política no México, o general Santa Anna toma e perde o poder 11 vezes até ser definitivamente deposto em 1855. É um dos responsáveis pela Guerra Mexicano-Americana (1846-48), em que o México perde mais de 40% de seu território.

Quando os EUA finalmente anexam o Texas, em 1845, o México não aceita. Não reconhece o Tratado de Velasco, assinado pelo general Santa Anna e o estado que era parte do território mexicano. Em 1844, James Polk havia sido eleito presidente dos EUA com a promessa de expandir o país territorialmente e anexar o Texas e o Oregon.

Diante de conflitos na fronteira entre o Texas e o México ao longo do Rio Grande, os EUA enviam tropas à região. Depois que as forças mexicanas atacam os norte-americanos em 25 de abril de 1846, o Congresso dos EUA declara guerra. 

No fim do conflito, pelo Tratado de Guadalupe Hidalgo, o México cede territórios que hoje são os estados da Califórnia, Nevada, Utah, a maior parte do Arizona e partes do Colorado, do Novo México e de Wyoming, no total de 1,37 milhão de quilômetros quadrados, mais de 41% do território mexicano. O México tem hoje 1,958 milhão de km2.

O escritor e naturalista americano Henry David Thoreau cria o conceito de desobediência civil ao se negar a pagar impostos que financiam a guerra contra o México e se recolhe para suas terras junto ao Lago de Walden, em Massachusetts. Suas ideias paficistas e seu conceito de "desobediência civil" influenciaram Leon Tolstoy, Mohandas Gandhi e Nelson Mandela.

MÉXICO CONTRA-ATACA

    Em 1916, o Exército do México ataca uma força invasora dos EUA liderada pelo general John Pershing, que tenta punir o exército revolucionário de Pancho Villa pela execução de 16 norte-americanos. Mais de 30 mexicanos morrem. Os EUA têm 22 baixas.

Com a renúncia do presidente Victoriano Huerta, em 1914, Villa trava uma luta pelo poder com Venustiano Carranza, antigo aliado na Revolução Mexicana. No fim de 1915, derrotado, Pancho Villa e seu exército se refugiam nas montanhas do Norte do México.

Para se vingar do apoio do presidente Woodrow Wilson a Carranza, Villa executa 16 norte-americanos em Santa Isabel, no Norte do México. Em 9 de março de 1916, o exército rebelde invade a cidade fronteiriça de Columbus, no Novo México, mata 17 norte-americanos e incendeia o centro da cidade.

Seis dias depois, sob as ordens de Wilson, uma força de 10 mil soldados sob o comando de Pershing lança a operação punitiva. Pela primeira vez, o Exército dos EUA usa forças mecanizadas, incluindo carros de combate e aviões.

Durante 11 meses, os norte-americanos perseguem o líder revolucionário, que escapa por conhecer o terreno e ter apoio popular. A ação quase deflagra uma nova guerra entre o México e os EUA. Não há conflito porque os EUA estão perto de entrar na Primeira Guerra Mundial (1914-18) na Europa.

Além do ataques a navios norte-americanos pela Alemanha no Oceano Atlântico, uma das razões da intervenção militar americana na Europa é o Telegrama Zimmermann.

Em 16 de janeiro de 1917, o ministro do Exterior alemão envia um despacho ao embaixador no México, Heinrich von Eckart. Propõe uma aliança militar em que a Alemanha ajudaria o México a recuperar o território perdido na Guerra Mexicano-Americana (1846-48).

Pancho Villa continua com suas ações revolucionárias no Norte do México. É anistiado em 1920, no fim da Revolução Mexicana, e assassinado três anos depois em Parral.

FIM DA BATALHA DE OKINAWA

    Em 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial (1939-45), os Estados Unidos vencem a resistência japonesa em Okinawa, uma ilha estratégica situada entre Taiwan e o Japão, alvo da maior operação de assalto anfíbio da Guerra no Pacífico, iniciada em 1º de abril com 60 mil soldados norte-americanos contra mais de 100 mil japoneses.

A partir do dia 4 de abril, ondas de ataques suicidas lançadas por pilotos japoneses, os kamikazes, visam as forças norte-americanas. Ao todo, 2 mil kamikazes dão a vida para defender a ilha. 

O Japão perde ao menos 110 mil soldados e de 40 a 150 mil civis na batalha e os EUA, 12,5 mil soldados. Os comandantes dos dois lados morrem. Dos 36 navios aliados destruídos, a maioria é alvo dos pilotos suicidas.

Como a moral japonesa considera a rendição degradante e humilhante, o heroísmo está em morrer no combate, menos de 8 mil japoneses se entregam.

Depois da vitória em Okinawa, os EUA começam a preparar a invasão das quatro maiores ilhas do arquipélago japonês. Antes, na Batalha de Iwo Jima, de 19 de janeiro a 26 de março de 45, morrem cerca de 18 mil japoneses e 6.821 americanos; 216 japoneses se rendem e cerca de 3 mil continuam resistindo numa guerra de guerrilhas.

Diante das perdas em Iwo Jima e Okinawa, os EUA estimam que uma invasão às grandes ilhas do Japão poderia custar um milhão de vidas. As bombas atômicas lançadas contra Hiroxima em 6 de agosto e Nagasaki em 9 de agosto levam à rendição japonesa em 15 de agosto, pondo fim à Segunda Guerra Mundial. 

Pelo menos 140 mil pessoas morrem imediatamente nos únicos ataques da história com armas nucleares, 80 mil em Hiroxima e 40 mil em Nagasaki. Com as mortes que continuam até hoje por causa da radiação, o total de mortes passa de 300 mil.

Nunca mais houve guerra direta entre grandes potências. A corrida armamentista entre os EUA e a URSS durante a Guerra Fria leva ao equilíbrio do terror nuclear porque a destruição era mutuamente assegurada.

Hoje, com a guerra da Rússia contra a Ucrânia, a ameaça de uma guerra nuclear está de volta.

ROCK RURAL

    Em 1965, a banda The Byrds (Gene Clark, Chris Hilman, Roger McGuinn, David Crosby e Michael Clarke) lança seu primeiro disco, Mr. Tambourine Man, iniciando a revolução do folk-rock, o rock rural.


 Logo, se torna um grande sucesso e a música-título do álbum conquista o primeiro lugar nas paradas de sucesso como compacto simples. É a única canção de Bob Dylan a chegar ao topo da lista de mais vendidas.

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