Pezeshkian, ex-ministro da Saúde e Educação Médica (2001-5) no governo Mohamed Khatami (1997-2005) e ex-vice-presidente do Parlamento do Irã (2016-21), conquistou 42,5% dos votos contra 38,6% de Jalili, ex-negociador da questão nuclear, ex-secretário do Supremo Conselho de Segurança Nacional (2007-13), ex-candidato a presidente (2013) e atual membro do Conselho de Discernimento. É um órgão de assessoria do Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, o aiatolá Ali Khamenei, o ditador do país.
A abstenção de 40% foi a maior desde a fundação da República Islâmica do Irã, em 1979.
Se Pezeshkian for eleito, deve priorizar a recuperação da economia e tentar melhorar as relações com o Ocidente, mas o poder do presidente tem limites. Quem manda de fato, dá a orientação política para o regime e já advertiu que é ilusão se aproximar dos Estados Unidos é Khamenei.
Jalili deve manter a política de confrontação com os EUA e com Israel e possivelmente acelerar o desenvolvimento da bomba atômica iraniana. Ao que tudo indica, o país deve estar perto de adquirir a capacidade nuclear, o que mudaria o equilíbrio de forças no Oriente Médio, podendo deflagrar uma corrida armamentista nuclear na região. Se o Irã tiver a bomba, Israel já tem, outros países como a Arábia Saudita e a Turquia também vão querer.
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