A Reunião Nacional (RN), de extrema direita, conquistou 33,15% dos votos no primeiro turno da eleição para a Assembleia Nacional da França, superando a Nova Frente Popular (NFP), de esquerda, com 28% e aliança governista, que teve 20%. A abstenção foi de 33,3%.
O presidente Emmanuel Macron pediu a "união dos democratas" tentando atrair Os Republicanos (LR), conservadoras gaullistas, o Partido Socialista (PS), o Partido Comunista Francês (PCF) e os ecologistas, mas não a França Insumissa (LFI), de esquerda radical, que faz parte da NFP com socialistas e verdes.
Para facilitar a união contra o neofascismo em ascensão, o primeiro-ministro Gabriel Attal e o líder da LFI, Jean-Luc Mélenchon, anunciaram a retirada dos candidatos que ficaram em terceiro lugar no primeiro turno. "Nenhuma cadeira a mais para a RN", conclamou Mélenchon. "Nossa diretriz é clara. Nossa diretriz é simples."
Eleita em primeiro turno em Pas-de-Calais, a líder da RN, Marine Le Pen, pediu um esforço para que a extrema direita conquiste a maioria absoluta. "A democracia falou", disse Le Pen, acrescentando que, "num voto sem ambiguidade", os eleitores deram "testemunho de sua vontade de virar a página depois de sete anos de um poder arrogante e corrosivo" com Macron.
"Nada está decidido e o segundo turno será determinante para evitar que o país caia nas mãos de uma extrema esquerda com tendência à violência", exortou a líder neofascista. O candidato da RN a primeiro-ministro, Jordan Badella, só aceita chefiar o governo se tiver maioria absoluta na Assembleia Nacional.
Se as outras correntes políticas não chegarem a um acordo, a França pode ter uma Assembleia Nacional tripartite e uma crise institucional até o fim da presidência de Macron, em 2027. Se a aliança governista chegar a um acordo com a frente de esquerda, não há garantia de que esse governo funcione. Seu fracasso pode abrir caminho para a vitória de Le Pen na eleição presidencial de 2027.
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