TERCEIRO ESTADO REJEITA DISSOLUÇÃO
Em 1789, os deputados do Terceiro Estado, representantes dos comuns e do baixo clero, proibidos de se reunir em Versalhes, desafiam a ordem de dissolução do rei Luís XVI e se encontram no Jeu de Pomme, uma quadra de tênis coberta, onde fazem o Juramento da Quadra de Tênis. Prometem não se dispersar antes de mudar a Constituição da França.
Sob intensa pressão popular depois de invernos rigorosos que causam quebras de safras, fome e queda nos impostos pagos pelos camponeses à aristocracia, em 24 de janeiro de 1789, Luís XVI convoca os Estados Gerais, a assembleia nacional onde estão representados os três estados da França (clero, nobreza e povo), que não se reunia desde 1614. A sociedade francesa havia mudado. O Terceiro Estado não era só o campesinato, incluía a burguesia em ascensão.
Diante de uma série de reivindicações de reformas, Luís XVI dissolve os Estados Gerais. Menos de um mês depois, em 14 de julho, os parisienses tomam a Bastilha, uma prisão-símbolo do regime. A Tomada da Bastilha marca o início da Revolução Francesa. Luís XVI e a rainha Maria Antonieta seriam guilhotinados em 1793, durante o Período do Terror.
RAINHA VITÓRIA
Em 1837, com a morte do rei Guilherme IV, a rainha Vitória ascende ao trono do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda. Durante seu reinado, de 63 anos e 216 dias, que vai até 1901, o Império Britânico se torna a maior potência mundial. A partir de 1876, Vitória é também imperatriz da Índia. É a última representante da Dinastia de Hannover e dá seu nome a uma era, a Era Vitoriana.
Alexandrina Vitória nasce no Palácio de Kensington, em Londres, em 24 de maio de 1819, filha do príncipe Eduardo, Duque de Kent e de Strathearn, quarto filho do rei George III, e da princesa Vitória de Saxe-Coburg-Saalfeld. Ela ascende ao trono aos 18 anos porque os três irmãos mais velhos do pai morrem sem deixar descendência legítima.
Monarca constitucional, Vitória tenta exercer influência política e se torna um ícone nacional associado a padrões rígidos de moralidade, a moral vitoriana.
Em 1840, Vitória se casa com o príncipe Albert de Saxe-Coburg e Gotha, que leva a tradição alemã do Natal para o Reino Unido. Seus nove filhos se casam com famílias reais e nobres do continente. Vitória é chamada de Avó da Europa.
Após a morte do marido, em 1861, Vitória se recolhe, mas depois reaparece e recupera a popularidade. Ela morre em 22 de janeiro de 1901 na Osborne House, na Ilha de Wight. É sucedida por seu filho Eduardo VII, primeiro rei da Dinastia de Saxe-Coburg e Gotha, a dinastia atual, que adota o nome de Windsor para tirar o sobrenome alemão durante a Primeira Guerra Mundial (1914-18).
GUERRA DOS BOXERS
Em 1900, começa na China a Guerra dos Boxers.
Cem mil nacionalistas, que se apresentam como I Ho Ch'uan (Sociedade dos Punhos Justos e Harmoniosos), na verdade praticantes de kung fu, invadem Beijim com o apoio da imperatriz Tzu'u Hzi ou Cixi e atacam o bairro diplomático, cercam representações de outros países, destroem igrejas e matam estrangeiros, inclusive o embaixador da Alemanha, Barão von Ketteller.A China, o Império do Meio ou do Centro, há séculos era a potência dominante, o centro do mundo, na Ásia. Durante o século 19, o Império Britânico derrota o decadente Império Chinês nas Guerras do Ópio (1839-42 e 1856-60) para impor o livre comércio, inclusive de ópio, e o Japão acaba com a ordem sinocêntrica ao vencer a Primeira Guerra Sino-Japonesa (1894-95).
Os boxers se rebelam contra a crescente influência de potências estrangeiras, que dominavam a economia chinesa. Acreditam que poderiam vencer as armas de fogo com técnicas da arte marcial chinesa. É uma volta contra estrangeiros, anticolonialista e anticristã.
A imperatriz pass a apoiar o grupo em 1898. No ano seguinte, começam os ataques a estrangeiros e chineses cristãos. Em 14 de agosto de 1899, uma força internacional com soldados alemães, americanos, britânicos, franceses, japoneses e russos tomam a capital chinesa.
Em 18 de junho de 1900, a imperatriz Cixi manda matar todos os estrangeiros, inclusive diplomatas e suas famílias. A guerra começa dois dias depois.
O Protocolo de Beijim, de 7 de setembro de 1901, marca o fim da revolta. A China aceit acordos econômicos favoráveis às grandes potências, paga US$ 333 milhões em indenizações e forças estrangeiras ficam estacionadas permanentemente em território chinês.
ESTREIA DE TUBARÃO
Em 1975, estreia nos Estados Unidos Tubarão, de Steven Spielberg, o filme que fez as pessoas terem medo de entrar no mar. É a história baseada num livro de sucesso de um grande tubarão branco que aterroriza uma cidade da Nova Inglaterra.
Quarenta e sete anos depois, Spielberg manifesta arrependimento por dirigir o filme que demonizou o tubarão branco, por causa do impacto ecológico. A população de tubarões caiu em 70% desde os anos 1970, em parte também por causa do crescimento econômico da China, onde a sopa de barbatana de tubarão é uma iguaria.
SEM PENA DE MORTE PARA DEFICIENTES MENTAIS
Em 2002, no caso Atkins v. Virginia, por 6-3, a Suprema Corte considera que aplicar a pena de morte a pessoas com deficiência mental ou intelectual viola a Emenda nº 8 à Constituição dos Estados Unidos, que protege contra "punição cruel e incomum".
Insatisfeitos com os US$ 60 que Nesbitt tem no bolso, eles vão até um caixa eletrônico, obrigam o militar a pegar mais US$ 200. Depois o levam para um local deserto e o assassinam com oito tiros. Os dois são presos rapidamente. Um acusa o outro, mas a polícia vê inconsistências nos depoimentos de Atkins, conclui que ele deu os tiros e faz um acordo com Jones para acusar o cúmplice e assim ser poupado da pena de morte.
Durante o julgamento em primeira instância, o advogado de Atkins apresenta o histórico escolar e um teste de inteligência do réu com QI (quociente intelectual) 59, que indica um "retardo mental leve". Mesmo assim, Atkins recebe uma sentença de pena de morte.
O Tribunal de Justiça da Virgínia confirma a condenação, mas anula a sentença. A procuradoria entra com dois agravantes: o "futuro perigo" que Atkins representa e pelo crime ter sido cometido de "maneira vil". O TJ da Virgínia confirma a sentença.
Quando a Suprema Corte decide este caso, apenas 18 dos 38 estados que aplicam a pena de morte isentam condenados com deficiência mental ou intelectual. A Suprema Corte aceita o caso para firmar jurisprudência.
A decisão diz que ao contrário de outros pontos da Constituição a Emenda nº 8 deve ser interpretada tendo em vista a "evolução dos padrões de decência que marcam o progresso de uma sociedade em amadurecimento".
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