sexta-feira, 7 de maio de 2021

China não dá prazo para entregar insumos para vacinas ao Brasil

Depois de mais um ataque inconsequente do presidente Jair Bolsonaro, três ministros e representantes do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fizeram hoje uma reunião virtual com o embaixador chinês no Brasil para tentar contornar a situação. Mas a China, principal fornecedora do princípio ativo para a fabricação de vacinas no Brasil não quis se comprometer com prazos, noticiou o jornal O Globo.

Em uma tentativa de desviar a atenção da comissão parlamentar de inquérito do Senado sobre sua irresponsabilidade na pandemia, Bolsonaro sugeriu que o coronavírus foi fabricado dentro de uma guerra biológica da China para dominar o mundo. Como prova da alegação absurda, lembrou que a China foi a única das grandes economias do mundo a crescer em 2020.

Não é a primeira vez que Bolsonaro e seus filhos atacam a China e a responsabilizam pela pandemia. O país faz uma "diplomacia de vacinas" para melhorar a imagem internacional, abalada por ter sido a origem da doença do coronavírus de 2019. Já vendeu ou doou vacinas para mais de 100 países, priorizando as "nações amigas".

Durante a reunião com os ministros da Economia, Paulo Guedes, das Relações Exteriores, Carlos França, e da Saúde, Marcelo Queiroga, da Fiocruz e do Butantan, o embaixador chinês alegou que há uma grande demanda internacional e que a China precisa imunizar sua população de 1,4 bilhão de habitantes.

Nesta sexta-feira, foram notificadas 2.217 mortes e 78.337 casos novos de covid-19.  O país soma agora 15.087.360 casos confirmados e 419.393 óbitos. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu para 2.158, com queda de 15% em duas semanas. É a menor desde 18 de março. A média diária de contágios ficou em 60.200, 3% acima de duas semanas atrás.

A Índia bateu seu próprio recorde de mortes (4.187) e registrou mais 401.078 casos novos. Há três dias, notifica mais de 400 mil contágios por dia. Em uma semana, foram 2.727.707 diagnósticos positivos. Os estados de Madhya Pradesh e Tamil Nadu anunciaram confinamento até 15 de maio. O líder da oposição Rahul Gandhi, apelou ao primeiro-ministro fundamentalista hindu Narendra Modi para que imponha um confinamento nacional rigoroso.

No mundo, já são 156.494.912 casos confirmados e 3.265.524 mortes. Mais 134,5 milhões de pacientes sobreviveram, cerca de 18,7 milhões apresentam casos leves e 108.394 estão em estado grave. A taxa de mortalidade dos casos encerrados está em 2%.

Os Estados Unidos têm o maior número de casos (32.651.025) e de mortes (580.886). Nesta sexta-feira, o país registrou mais 47.608 casos, com queda de 27% em duas semanas, e 812, 3% abaixo da média de duas semanas atrás. As hospitalizações caíram 14% em duas semanas.

Mais de 1,26 bilhão de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo mais de 300 milhões na China, 261,3 milhões nos EUA, onde 150,4 milhões tomaram a primeira dose e 110,9 milhões (33,45% da população americana) estão plenamente vacinados. 

Na Índia, foram aplicadas 167 milhões de doses, mais de 53 milhões no Reino Unido e 52,5 milhões no Brasil, onde 34,9 milhões receberam a primeira dose e pouco menos de 17,6 milhões (8,26% da população brasileira) tomaram as duas doses necessárias à imunização. Meu comentário:

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