Um bombardeio da Força Aérea de Israel destruiu neste sábado um prédio onde funcionavam as agências notícias Al Jazira e Associated Press (AP) na Faixa de Gaza, sob a alegação de que lá funcionaria um centro de inteligência do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que disparou milhares de foguetes contra o território israelense nos últimos dias. Não apresentou nenhuma prova.
Os jornalistas receberam um aviso e tiveram meia hora para retirar equipamentos e sair do edifício. Indignado, o diretor-presidente da AP, Gary Pruitt, declarou que a agência funcionava lá há 15 anos, que não dividiria o prédio com o Hamas e que o ataque só dificulta a cobertura internacional do que acontece no território palestino de onde partem as ações contra Israel.
A ação gerou protestos no mundo inteiro. Até o governo dos Estados Unidos, que repetiram várias vezes que "Israel tem o direito de se defender", afirmaram que o governo israelense tem de garantir a segurança da imprensa internacional. Ataque deliberado a jornalistas é crime de guerra.
Ambos os lados cometem crimes de guerra. O Hamas e a Jihad Islâmica para a Libertação da Palestina, outro grupo extremista, ao lançar mais de 3 mil foguetes contra populações civis israelenses. Israel declara que faz "ataques cirúrgicos" contra os líderes e os milicianos dos grupos inimigos, mas também atinge civis, especialmente ao destruir prédios inteiros.
Com os bombardeios da madrugada de domingo, os palestinos mortos em Gaza são 192, inclusive 55 crianças. Em Israel, morreram 10 pessoas, entre elas duas crianças.
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