Em 1703, o czar Pedro I, o Grande, da Rússia, funda a cidade de São Petersburgo, que seria o berço das revoluções de 1917, quando era a capital do país. Pedro, o Grande, ascendeu ao trono em 1696, depois de ter trabalhado num estaleiro em Amsterdã para aprender as técnicas da indústria naval. Seu sonho era modernizar a ocidentalizar a Rússia com reformas militares, políticas, econômicas e culturais.
O czar liderou a Rússia em guerras contra o Império Otomano, a Pérsia e a Suécia. A vitória sobre a Suécia deu acesso ao Mar Báltico. Ele fundou São Petersburgo como uma saída para o Ocidente e obrigou a aristocracia russa a contratar arquitetos da Europa Ocidental para criar uma Veneza do Norte.
Pedro, o Grande, abandonou o título de czar em 1721 e passou a ser chamado de imperador. Quatro anos depois, morreu, depois da expandir o império russo e transformar o país numa potência europeia. Foi sucedido pela mulher, Catarina I, que não foi Catarina, a Grande, que reinou de 1762 a 1796 como Catarina II e ampliou ainda mais o império.
Em 1905, durante a Guerra do Pacífico (1904-5), a Marinha do Japão praticamente destrói a Frota do Mar Báltico, da Rússia, na Batalha do Estreito de Tsushima. Só 10 das 45 navios russos escaparam. A derrota convenceu a Rússia a desistir da guerra. O conflito começara em 8 de fevereiro de 1904.
Depois da recusa da Rússia de dividir a Manchúria e a Coreia em zonas de influência, o Japão fez um ataque de surpresa contra a base naval russa de Port Arthur, na China. Foi a primeira grande batalha do século 20. Em janeiro de 1905, o Japão tomou a base de Port Arthur. O czar Nicolau II acreditou que a Rússia poderia recuperar a posição, mas a derrota na Batalha de Tsushima minou as esperanças.
Mais uma série de derrotas levou a Rússia a aceitar o acordo de paz mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt. A Guerra do Pacífico marcou a primeira derrota de uma potência europeia na era moderna para um país não branco e causou a Revolução Russa de 1905, precursora das revoluções de 1917.
Em 1937, depois de cinco anos de construção, é aberta a Golden Gate Bridge, ligando São Francisco ao Condado de Marin, na Califórnia. Na época, era a maior ponte pênsil do mundo. A inauguração foi um dia para os pedestres. Cerca de 200 mil pessoas percorreram os 1.260 metros da ponte, que fica na entrada da Baía de São Francisco. Os carros começaram a circular no dia seguinte.
Em 1940, tropas das SS, o braço armado do Partido Nazista, massacram soldados britânico durante a Retirada de Dunquerque. Quando a Alemanha tomou a França, em maio de 1940, no início da Segunda Guerra Mundial (1939-45), a Força Expedicionária britânica, que lutava ao lado dos franceses, bateu em retirada.
Depois de sustentar o combate enquanto tinham munição, 99 soldados do Regimento Real de Norfolk se refugiaram numa casa de campo a 80 quilômetros do porto de Dunquerque. Cercados, os ingleses se renderam, mas foram atacados pelo fogo de metralhadoras. Os sobreviventes foram levados para um campo aberto e metralhados. Quem não morreu foi atacado com pistolas e baionetas. Dois soldados britânicos sobreviveram se fingindo de mortos até o escurecer, em meio a uma tempestade.
Sem ter para onde ir, eles se renderam para outras forças alemãs. Foram libertados anos depois numa troca e prisioneiros. O capitão alemão Fritz Knochlein, que deu a ordem de atirar foi processado depois da guerra num tribunal militar em Hamburgo, condenado à morte e enforcado.
Em 1994, o escritor e dissidente Alexander Soljenítsin volta à Rússia duas décadas depois de ser expulso da União Soviética, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1970. Soljenítsin foi condenado a oito anos de trabalhos forçados na Sibéria em 1945 por criticar o ditador soviético Josef Stalin numa carta a um amigo. Sua experiência na prisão o levou a escrever Um Dia na Vida de Ivan Denissovich.
Quando ganhou o Nobel, estava começando a escrever Arquipélago Gulag, um romance sobre o sistema totalitário de repressão do comunismo soviético de Lenin a Stalin. A publicação deste livro no exterior provocou sua expulsão da URSS. Soljenítsin morreu do coração em Moscou em 3 de agosto de 2008.
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