quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Hoje na História do Mundo: 19 de Dezembro

GUERRA DA INDOCHINA

    Em 1946, o Viet Minh, o movimento nacionalista de esquerda liderado por Ho Chi Minh, inicia a Primeira Guerra da Indochina (1946-54) na luta pela independência da França.

O Império Francês toma a Indochina e a torna um protetorado em 1883. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), o Império do Japão toma boa parte do Sudeste da Ásia. Quando o Japão se rende oficialmente, em 2 de setembro de 1945, Ho Chi Minh declara independência.

Como a França não aceita, o Viet Minh trava uma guerra de guerrilhas que termina com a vitória na Batalha de Dien Bien Phu, em 7 de maio de 1954. Um acordo de paz assinado em Genebra em 21 de julho de 1954 divide o Vietnã entre o Norte comunista e o Sul, apoiado pelos Estados Unidos.

Em 1955, haveria eleições para unificar o país. Diante da expectativa de vitória comunista, os EUA suspendem as eleições e começa a Segunda Guerra da Indochina ou Guerra do Vietnã (1955-75). Os EUA começam a enviar assessores militares ainda no governo Dwight Eisenhower (1953-61) e entram diretamente na guerra em 1964. Fazem um acordo de paz com o Vietnã do Norte e saem do conflito em 1973.

A guerra termina com a vitória do Vietnã do Norte, comunista, em 30 de abril de 1975.

PAZ NO ESPAÇO EXTERIOR

    Em 1966, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprova o Tratado do Espaço Sideral ou do Espaço Exterior, um acordo internacional para proibir a militarização do espaço.

Os Estados Unidos e a União Soviética, as duas superpotências que dominam o mundo durante a Guerra Fria, encaminham suas propostas, que são conciliadas no texto aprovado pela Assembleia Geral. 

O Tratado sobre os Princípios que Regem a Atividade dos Estados na Exploração e Uso do Espaço Exterior, inclusive na Lua e outros corpos celestes, é aberto para assinatura em 27 de janeiro de 1967. Entra em vigor em 10 de outubro do mesmo ano.

REINO UNIDO ACEITA DEVOLVER HONG KONG

    Em 1984, a primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, e o líder chinês Deng Xiaoping chegam a um acordo para que o Reino Unido devolva Hong Kong à China em 1º de julho de 1997.

No início das negociações, a primeira-ministra britânica chegou a falar em prorrogar o Tratado de Nanquim (1842) e a Convenção de Beijim (1860), pelos quais o Império Britânico tomou a colônia no fim das Guerras do Ópio (1839-42 e 1856-60) sob o pretexto da abrir a China ao livre comércio, inclusive de ópio.

Depois de 22 rodadas de negociações ao longo de dois anos, Thatcher aceita ceder a que era considerada a última joia do Império Britânico. Em troca, Deng cria a fórmula "um país com dois sistemas", prometendo manter o sistema capitalista e as liberdades democráticas em Hong Kong durante pelo menos 50 anos.

Thatcher está entusiasmada com as reformas lançadas por Deng em 13 de dezembro de 1978 na esperança de que a abertura econômica e a adesão da China ao capitalismo levem a uma liberalização do regime comunista chinês. Mas o massacre do movimento dos estudantes pela paz e a democracia na Praça da Paz Celestial, em Beijim, em 4 de junho, acaba com a chance de uma abertura política.

Diante de ondas de protestos no território, que tem status de região administrativa especial da República Popular da China, o ditador Xi Jinping, no poder desde 2012, impôs uma Lei de Segurança Nacional que na prática acaba com a autonomia de Hong Kong e enterra a fórmula "um país com dois sistemas", criada também tendo em vista a reintegração de Taiwan, que Xi ameaça fazer à força. 

Um comentário:

Anônimo disse...

A dita globalização não evita tentativas de domínio territorial. A necessidade do poder, efêmero como a vida.