quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Hoje na História do Mundo: 14 de Setembro

 CAMPANHA DA RÚSSIA

    Em 1812, depois de uma vitória de Pirro na Batalha de Borodino, o imperador francês Napoleão Bonaparte entra em Moscou naquela que seria sua maior derrota: a campanha da Rússia.


Com a cidade evacuada e o recuo do Exército russo, Moscou está deserta. Não há oficiais do regime czarista para assinar a rendição nem comida e suprimentos. Os russos ainda tocam fogo em dois terços da cidade, deixando os franceses sem abrigo e víveres para enfrentar o inverno.

O Grande Exército de Napoleão, com 685 mil homens, perde 400 mil na campanha da Rússia. Seus inimigos se unem e o derrotam em 1814, quando ele vai para o exílio na Ilha de Elba. Em 1815, volta e reina por 100 dias até a derrota final, na Batalha de Waterloo, na Bélgica, em 18 de junho daquele ano.

Vencido, Napoleão é preso na Ilha de Santa Helena, no Oceano Atlântico, onde morre em 5 de maio de 1821.

HINO DOS EUA

    Em 1814, Francis Scott escreve o poema A Defesa do Forte M'Henry, letra do Hino dos Estados Unidos, depois de assistir ao bombardeio do forte de Maryland na Guerra de 1812, quando o Império Britânico tenta reassumir o controle sobre a ex-colônia.

Mais tarde, o poema é musicado e, em 1931, se torna o Hino dos EUA, Star-Spangled Banner (Bandeira Salpicada de Estrelas). A letra diz que, apesar das bombas e foguetes explodindo no ar durante a noite, quando amanheceu, "nossa bandeira ainda estava lá".

GUERRA MEXICANO-AMERICANA

    Em 1847, o general Winfield Scott entra na Cidade do México e hasteia a bandeira dos Estados Unidos, no final de uma ofensiva iniciada seis meses antes com um desembarque em Vera Cruz, durante a Guerra Mexicano-Americana (1846-48).

No Tratado de Guadalupe Hidalgo, os EUA ficam com mais de 40% do território mexicano, partes dos estados do Texas, Novo México, Arizona, Nevada, Utah e Califórnia.

O escritor e naturalista Henry David Thoreau, em protesto contra a guerra, se nega a pagar impostos, se refugia no Lago de Walden, em Massachusetts, e cria o conceito de desobediência civil.

Com suas ideias pacifistas, influencia o escritor russo Leon Tolstói, o líder da independência da Índia, Mohandas Gandhi, e o líder da luta contra o regime segregacionista do apartheid na África do Sul, Nelson Mandela.

PRESIDENTE McKINLEY MORRE BALEADO

    Em 1901, o presidente William McKinley morre depois de ser baleado por um anarquia na Exposição Pan-Americana em Buffalo, no estado de Nova York.

McKinley é eleito deputado aos 34 anos e passa 14 anos na Câmara. Depois de perder a eleição em 1890, ele se elege governador de Ohio. Em 1896, vence a eleição presidencial pelo Partido Republicano.

Seu governo privilegia as grandes empresas, que têm grande crescimento no momento em que os EUA superam o Reino Unido para se tornar a maior economia do mundo, e marca o início do imperialismo norte-americano.

Em abril de 1898, pressionado pela opinião pública e pelo Congresso, os EUA intervêm na luta de Cuba pela independência. Em três meses, derrotam a Espanha, promovem a independência de Cuba e anexam Porto Rico, as Filipinas e a ilha de Guam, no Oceano Pacífico. É o fim do imperialismo espanhol.

Com crescente interesse na Ásia, em 1900, McKinley manda milhares de soldados para a China na Guerra dos Boxers (1899-1901), uma revolta contra o colonialismo ocidental.

Reeleito em 1900, vai à Exposição Pan-Americana em 6 de setembro de 1901, quando o anarquista de origem polonesa Leon Czolgosz se aproxima e dispara dois tiros com um revólver calibre 32. Uma bala desvia num botão, mas a outra penetra no estômago, atravessa um rim e se aloja nas costas.

Os médicos não consegue extrair a bala. O ferimento gangrena e causa uma infecção generalizada. McKinley morre oito dias depois. É um dos três presidentes dos EUA assassinados no exercício do cargo, ao lado de Abraham Lincoln e John Kennedy.

ISADORA DUNCAN MORRE EM ACIDENTE

    Em 1927, a bailarina Isadora Duncan morre num acidente de trânsito, estrangulada por um lenço de seda preso nas calotas das rodas traseiras de um carro conversível em Nice, na França.

Isadora Duncan nasce em 1877 em São Francisco da Califórnia. Nos seus 20 anos, vai para a Europa para se tornar bailarina. Mais do que uma bailarina clássica, tem um estilo livre e boêmio baseado na emoção e no improviso. Ela dança de pés no chão, com togas e lenços.

Ao saber da morte trágica enforcada no lenço de pescoço, a escritora norte-americana Gertrude Stein comenta: “A afetação pode ser perigosa.”

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