sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Hoje na História do Mundo: 16 de Setembro

PEREGRINOS DO MAYFLOWER

    Em 1620, o navio Mayflower sai de Plymouth, na Inglaterra, rumo à colônia da Virgínia, fundada em 1607, com 102 pessoas a bordo, mas tempestade e erros de navegação desviam a embarcação para a costa de Massachusetts, onde chegam em 21 de novembro.

Os peregrinos do Mayflower, protestantes que fugiam das guerras religiosas na Europa, estão entre os fundadores dos Estados Unidos. Depois de resistir durante um ao inverno rigoroso e aos índios, festaram e agradecerm a Deus no que é hoje o Dia Nacional de Ação de Graças, uma das datas mais importantes do país.

GRITO DE DOLORES

    Em 1810, o padre católico Miguel Higaldo y Costilla dá o Grito de Dolores, uma declaração lida na cidade de Dolores, hoje parte do estado de Guanajuato, pedindo o fim de 300 anos de dominação espanhola, marco do início da Guerra da Independência do México.


Ao lado de Ignacio Allende e Juan Aldama, o padre Miguel Hidalgo convoca à rebelião armada contra o Vice-Reino da Nova Espanha, que era o nome da administração colonial do México. 

Desde 1808, a Península Ibérica está ocupada por Napoleão Bonaparte. Com o colapso da administração do Império Espanhol, as colônias latino-americanas proclamam a independência.

GANDHI INICIA GREVE DE FOME

    Em 1932, preso na cadeia de Yerwada, em Pune, Mohandas Gandh, o Mahatma (Grande Espírito), maior herói da independência da Índia, começa greve de fome de protesto contra decisão do Império Britânico de separar o sistema eleitoral por castas.

Sob influências das ideias do escritor e naturalista americano Henry David Thoreau, pioneiro da desobediência civil e do escritor russo Leon Tolstói, Gandhi lança nos anos 1920 campanhas de resistência pacífica na luta contra o imperialismo, a satiagraha (insistência na verdade).

É preso, solto e convidado para representar o Partido do Congresso numa conferência em Londres. Ao voltar à Índia, em janeiro de 1932, começa nova campanha de desobediência civil.

Com a "greve de fome até a morte", Gandhi repudia a Constituição imposta pelo império, que dá às castas inferiores, aos intocáveis, uma representação política separada por 70 anos. Gandhi alega a medida consolida a discriminação social no país.

Gandhi vinha de uma casta superior, de mercadores, mas defendia a emancipação dos harijans (filhos de Deus).

A Índia conquista a independência em 15 de agosto de 1947. Gandhi inicia sua última greve de fome em 12 de janeiro de 1948 para pressionar hindus e muçulmanos a cessarem a violência em Nova Déli, a capital do país. 

Menos de duas semanas depois de encerrar o jejum, o extremista hindu Nathuram Godse mata Gandhi com três tiros no peito. Godse era membro do grupo extremista Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS), ao qual é ligado o atual primeiro-ministro ultranacionalista hindu Narendra Modi, um fascista que persegue muçulmanos e ameaça a maior democracia do mundo.

GOLPE DERRUBA PERÓN

    Em 1955, um golpe militar liderado pelo general Eduardo Lonardi, chamado de Revolução Libertadora, derruba o presidente e general Juan Domingo Perón, um líder populista que até hoje domina a política argentina.

Reeleito com 62,5% dos votos em 11 de novembro de 1951, Perón teve um segundo governo muito mais difícil do que o primeiro, quando se beneficiou da riqueza acumulada exportando lã e alimentos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45). 

Com a crise econômica e sem a carismática e angelical María Eva Duarte de Perón, a Evita, sua segunda mulher, que morre de câncer em 26 de julho de 1952, o caudilho enfrenta a oposição crescente de estudantes, do empresariado e da Igreja Católica.

Depois do golpe, Lonardi, reconhecendo a força do peronismo, tenta fazer um acordo. É afastado e substituído pelo general linha-dura Pedro Aramburu por adiar a desperonização. O Partido Justicialista (peronista) é dissolvido e há intervenção nos sindicatos.

Perón volta em 1973, é reeleito presidente e governa até a morte, em 1º de maio de 1974. É substituído pela vice-presidente María Estela Martínez de Perón, a Isabelita. Sem o carisma de Evita, com aumento da atividade das guerrilhas de esquerda e dos paramilitares de direita, o país afunda no caos.

Um novo golpe militar, em 24 de março de 1976, derruba Isabelita e leva à mais sangrenta ditadura da história argentina, com cerca de 30 mil mortes, que só acaba em 1983, depois da humilhante derrota para o Reino Unido na Guerra das Malvinas (1982).

MORRE MARIA CALLAS

    Em 1977, a soprano norte-americana de origem grega Maria Callas, uma das maiores cantoras de ópera da história, morre do coração em Paris aos 53 anos. Suas cinzas são jogadas no Mar Egeu.


Soprano absoluta, Callas é chamada de Divina pela voz, pela técnica musical e pela interpretação dramática.

Maria Cecilia Sofia Anna Kalogeropoúlus nasce em Nova York em 2 de dezembro de 1923, filha de imigrantes. Em dificuldades econômicas, a mãe volta em 1937 para a Grécia, onde Maria estuda canto no Conservatório de Atenas com Elvira de Hidalgo.

Ela se apresenta na Opera de Atenas na Tosca de Puccini, em 1941. Nos anos 1950, canta regularmente nos grandes teatros de ópera, o Scala, de Milão; o Metropolitan, de Nova York; e a Ópera Real de Covent Garden, no centro de Londres.

A grande diva é temperamental em seu perfeccionismo. Suas brigas públicas ganham tanto espaço no jornal quanto os sucessos operísticos.

Nenhum comentário: