Diante da contraofensiva da Ucrânia e de críticas de líderes autoritários, o ditador Vladimir Putin dobrou a aposta: ordenou ontem à noite uma mobilização parcial dos reservistas das Forças Armadas e voltou a ameaçar o Ocidente com armas nucleares, “se a integridade territorial da Rússia” for afetada.
Logo depois, o ministro da Defesa, Serguei Choigu, anunciou a convocação de 300 mil reservistas, o dobro do contingente que invadiu a Ucrânia. É a maior no país desde a Segunda Guerra Mundial.
O ditador russo tenta desesperadamente manter o controle dos territórios ocupados desde a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro deste ano. Fantoches do Kremlin planejam realizar plebiscitos nas regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia entre 23 e 26 de setembro para que sejam anexadas à Rússia. Moscou fez isso para anexar a Crimeia ilegalmente em março de 2014.
Se estas regiões forem anexadas ilegalmente pela Rússia, Putin pode alegar que o território russo está sendo atacado. A doutrina nuclear russa prevê o uso de armas atômicas se o Estado for ameaçado.
Com quase sete meses de guerra, que se completam no dia 24, o que parecia inacreditável parece possível: uma derrota da Rússia. Isto ainda está muito longe, mas deixou de ser impossível. E a reação de Putin foi: é vitória russa ou guerra nuclear. Pode ser um sinal de fraqueza de um ditador acuado. Meu comentário:
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