domingo, 11 de setembro de 2022

Hoje na História do Mundo: 11 de Setembro

QUEDA DE BARCELONA

    Em 1714, depois de 14 meses de cerco, o Exército de Felipe V, da Espanha, toma Barcelona na Guerra da Sucessão Espanhola. É o fim das leis e instituições catalães. É a data nacional da Catalunha.

O feriado é celebrado desde 11 de setembro de 1886. É proibido nas ditaduras de Miguel Primo de Rivera (1923-30) e Francisco Franco (1939-75).

GOLPE NO CHILE

    Em 1973, um golpe militar apoiado pelos Estados Unidos na Guerra Fria derruba o presidente socialista Salvador Allende e dá início à ditadura do general Augusto Pinochet, que matou 3.105 pessoas.

Allende é eleito em 1970 por uma aliança de socialistas e comunista, com 35% dos votos. Sem maioria no Congresso do Chile, o governo da Unidade Popular enfrenta forte da oposição da direita e dos democratas-cristãos, que apoiam o golpe e depois são perseguidos pela ditadura pinochetista. Mais de 40 mil pessoas são torturadas e 200 mil fogem do Chile.

Um plebiscito, em 5 de outubro de 1988, nega a prorrogação do mandato do tirano. Em 1989, o democrata-cristão Patricio Aylwin é eleito pela Concertação, uma aliança de 16 partidos liderada por democratas-cristãos e socialistas.

Aylwin toma posse em 11 de março de 1990, pondo fim à ditadura. Pinochet permanece no comando do Exército até 1998. Depois de deixar o cargo, é preso em Londres por ordem do juiz de instrução espanhol Baltasar Garzón sob as acusações de genocídio, tortura, terrorismo internacional e desaparecimento de pessoas.

Quando o governo conservador espanhol de José María Aznar deixa claro que não vai pedir a extradição, o Reino Unido faz um acordo com o Chile para liberar Pinochet com a desculpa de que ele sofreria sérios problemas de saúde. 

No Chile, o ex-ditador é processado por 18 sequestros e 57 assassinatos. Chega a ficar em prisão domiciliar, mas nunca é condenado definitivamente. Impune, Pinochet morre do coração em 10 de dezembro de 2006.

Como consequência do golpe no Chile, a maioria dos países da América Latina hoje faz eleição presidencial em dois turnos quando o primeiro colocado não consegue a maioria absoluta dos votos válidos ou uma ampla vantagem sobre o segundo em alguns países que não exigem 50% dos votos válidos mais um. Assim, o presidente chega ao poder com o apoio da maioria

TERROR NOS EUA

    Em 2001, no pior atentado terrorista da história, a rede Al Caeda transforma aviões de passageiros em mísseis guiados por pilotos suicidas, derruba as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e ataca o Pentágono, sede do Departamento da Defesa dos Estados Unidos, perto de Washington, matando 2.977 pessoas em Nova York, 125 no Pentágono e 69 num quarto voo, derrubado pelos passageiros, que iria para a Casa Branca ou o Capitólio.

O ataque provoca uma reação dos EUA: a Guerra contra o Terror, um equívoco desde o nome porque o terrorismo é uma tática de guerra, não é um inimigo em si. O inimigo, no caso, é o jihadismo, o terrorismo dos fundamentalistas islâmicos que pregam a guerra santa. 

É de certa forma um populismo político que pesca no mar do Corão para criar sua ideologia sanguinária. É uma ideologia e uma guerra ideológica é uma batalha de ideias, é, antes de mais nada, uma guerra civil dentro do Islã sobre qual é a verdadeira interpretação do Corão. 

O movimento jihadista tem uma base religiosa, sonha em recriar o mundo à imagem da Arábia no século 7, no tempo de Maomé, mas ao mesmo tempo usa os recursos tecnológicos do século 21. Criou um califado digital que recruta voluntários para o martírio. Na verdade, é um movimento político extremista surgido em lugares onde não há liberdade política, então eles se encontram nas mesquitas.

Depois de atacar o Afeganistão em 7 de outubro de 2001 e derrubar o regime fundamentalista dos Talebã em três semanas, os EUA conseguiram cercar a liderança d'al Caeda na Batalha de Tora Bora, mas Ossama ben Laden conseguiu escapar para o Paquistão.

Em 2003, o então presidente George W. Bush resolveu invadir o Iraque do ditador Saddam Hussein, que não tinha relação alguma com os atentados, provocando uma revolta dos muçulmanos sunitas de que Al Caeda se aproveitou para entrar no Iraque.

Al Caeda do Iraque se tornou Estado Islâmico do Iraque e, na guerra civil da Síria, Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Depois de retirar as forças dos EUA em 2011, o presidente Barack Obama declarou em agosto de 2014 guerra ao Estado Islâmico, que havia proclamado um califado nas regiões que ocupava no Iraque e na Síria.

A Guerra do Afeganistão, a mais longa da história dos Estados Unidos, acabou de maneira humilhante para os americanos, com a volta imediata dos talebã ao poder e caos no aeroporto de Cabul, inclusive um atentado terrorista cometido pelo Estado Islâmico. 

A vitória dos jihadistas empolga os extremistas do mundo inteiro e certamente ajuda a recrutar mais voluntários para o martírio. O Afeganistão volta a ser solo fértil para grupos jihadistas que fazem terrorismo internacional. 

Os talebã prometem no acordo com os EUA não deixar usar o território afegão para desfechar ataques aos americanos e aliados, mas não controlam totalmente o país para garantir isso.

A Guerra contra o Terror não termina. Pelos dados oficiais morreram 6.892 soldados dos EUA nas guerras do Afeganistão, do Iraque e na Síria e no Iraque contra o Estado Islâmico. Ao todo, a Guerra contra o Terror custa aos EUA US$ 8 trilhões. Estima-se que 900 mil pessoas morreram nesta guerra, 

Nenhum comentário: