segunda-feira, 29 de abril de 2024

Hoje na História do Mundo: 29 de Abril

JOANA D'ARC ENTRA EM ORLEANS

    Em 1429, durante a Guerra dos Cem Anos (1337-1453), a heroína francesa Joana d'Arc e suas tropas entram na cidade de Orleans.

Aos 16 anos, Joana d'Arc "ouve vozes" de três santos católicos – Santa Catarina, Santa Margarida e São Miguel – exortando-a a apoiar o Delfim, o futuro Carlos VII, na reconquista de Reims e do trono da França. Em abril e maio de 1429, o Exército da França, comandando por Joana d'Arc, conquista Orleans. Depois de uma série e vitórias francesas, Carlos VII é coroado em Reims.

Joana d'Arc é presa pelas forças de Borgonha em 23 de maio de 1430 e entregue aos ingleses, que a julgam por heresia em março de 1431. Aos 19 anos, ele é queimada na fogueira na Praça do Velho Mercado, em Rouen. O primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, que também foi historiador, considera a execução sumária um erro que a transforma em mártir.

Sob a inspiração da jovem camponesa, a Guerra dos Cem Anos vira a favor da França. Em 1453, Carlos VII havia reconquistado todo o território francês menos o porto de Calais, que os ingleses entregam em 1558. Em 1920, Joana d'Arc é canonizada pela Igreja Católica.

JAMES COOK NA AUSTRÁLIA

    Em 1770, o navegador britânico James Cook desembarca pela primeira vez na Austrália.

Cook nasce em 27 de outubro de 1728, em Marton-in-Cleveland, no Condado de York, na Inglaterra, filho de um agricultor que emigrou da Escócia. Ao perceber que o menino é inteligente, o patrão do pai paga os estudos até 12 anos. Um estágio numa cidade costeira de Whitby o põe em contato com o mar.

Aos 18 anos, Cook começa como aprendiz de marinheiro. Aos 21 anos, está pronto para grandes viagens. De início, trabalha nas águas perigosas do Mar do Norte, em navios de 300 a 400 toneladas. Ganha experiência para grandes viagens. Promovido a piloto, entra para a Marinha Real.

Ele vai duas vezes ao Canadá, em 1759 e 1763-67. Como capitão, faz três viagens ao Oceano Pacífico, em 1768-71, 1772-75 e 1776-79. Vai da Antártida ao Estreito de Bering, das costas da América do Norte à Austrália, à Nova Zelândia e ao Havaí. É o primeiro europeu a visitar o Havaí. Com uma dieta de agrião, chucrute e um extrato de laranja, seus marinheiros não morrem de escorbuto, uma doença causada por falta de vitamina C.

NASCE DUKE ELLINGTON

    Em 1889, o compositor e pianista Duke Ellington, um dos músicos mais importantes da história do jazz, pioneiro das grandes bandas, nasce em Washington, a capital dos Estados Unidos.

Edward Kennedy Ellington é de uma família de classe média que o incentiva a estudar as artes. Seu pai era desenhista da Marinha dos EUA e mordomo da Casa Branca. Aos 7 anos, ele começa a tocar piano. Sua maior paixão era o beisebol. Ele trabalha como vendedor de amendoim para conseguir ver os jogos. Com 17 anos, começa a se apresentar profissionalmente. Em 1923, vai para Nova York.

Sua influência musical no mundo do jazz vai dos anos 1920 aos anos 1970. Ele é considerado o maior compositor da história do jazz. Em 1969, ganha a Medalha Presidencial da Liberdade. Em 1973, entra para a Legião de Honra da França. São as maiores condecorações para civis destes dois países.

LIBERTAÇÃO DE DACHAU

    Em 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial (1939-45), o 7º Exército dos Estados Unidos liberta dezenas de milhares de prisioneiros do campo de concentração de Dachau, na Alemanha.

Primeiro campo de concentração da Alemanha Nazista, Dachau começa a funcionar em 10 de março de 1933, cinco semanas de Adolf Hitler se tornar chanceler (primeiro-ministro), na cidade do mesmo nome, a 16 quilômetros ao norte de Munique, a capital da Baviera.

Os primeiros presos são comunistas, socialistas e opositores do regime nazista. Depois, chegam ciganos e homossexuais. Os judeus começam a ser enviados a Dachau depois de Noite dos Cristais, 9 de novembro de 1938, quando judeus e propriedades de judeus, especialmente lojas, são atacadas.

Durante a guerra, Dachau vira uma rede de 150 campos de concentração espalhados pela Alemanha. Cerca de 160 mil prisioneiros passam pela campo principal e 60 mil pelos outros. Pelo menos 32 mil morrem. Muito mais do que isso é enviado para centros de extermínio na Polônia.

PROTESTO ANTIRRACISTA EXPLODE EM LOS ANGELES 

    Em 1992, depois que a Justiça absolve quatro policiais que espancaram o motorista negro Rodney King, uma onda de protestos contra o racismo e a violência policial irrompe no Centro-Sul de Los Angeles, a segunda maior cidade dos Estados Unidos, com saques, depredações, ataques a motoristas e mais de 100 incêndios.

King está em liberdade condicional em 3 de março de 1991, quando é perseguido pela polícia em alta velocidade até se render, bêbado. Como não se mostra disposto a colaborar com a polícia, é brutalmente espancado pelos policiais Laurence Powell, Theodore Briseno e Timothy Wind.

De um edifício próximo, um cidadão grava as cenas de violência num vídeo de um minuto e 29 segundos. Entregue a jornalistas, o vídeo deflagra um debate sobre racismo institucional e violência policial.

Rodney King é liberado sem qualquer acusação. Os três agentes e o sargento Stacey Koon, que comandava a ação, vão a júri popular.

Diante da comoção social, o caso é levado para Simi Valley, no Condado de Ventura. Em 29 de abril de 1992, o júri absolve os réus de todas as acusações, menos uma acusação de agressão física contra Powell, em que os jurados se dividiram.

A absolvição causa os distúrbios mais violentos dos EUA no século 20. Em 1º de maio, o presidente George W. Bush manda o Exército intervir e, no dia seguinte, a situação é controlada.

Em três dias de distúrbios, mais de 60 pessoas morrem, quase 2 mil saem feridas e 7 mil são presas. O prejuízo é estimado em US$ 1 bilhão.

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