quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Hoje na História do Mundo: 6 de Outubro

 ÁUSTRIA-HUNGRIA ANEXA BÓSNIA-HERZEGOVINA

    Em 1908, o Império Austro-Húngaro anuncia a anexação da Bósnia-Herzegovina, que formalmente estava sob o controle do Império Otomano.

Desde o Congresso de Berlim, em 1878, a Áustria-Hungria controla a região. Uma revolta dos Jovens Turcos contra o Império Otomano cria a oportunidade para a Áustria-Hungria reafirmar seu controle sobre a região dos Bálcãs, sob protesto dos sérvios e do movimento pan-eslavista na Europa.

O assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, em Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina, em 28 de junho de 1914, pelo estudante radical sérvio Gavrilo Princip é a causa imediata da Primeira Guerra Mundial (1914-18), que começa um mês depois.

GUERRA DO YOM KIPPUR

    Em 1973, durante o feriado religioso do Dia do Perdão (Yom Kippur), mais de 100 mil soldados do Egito atravessem o Canal de Suez e invadem a Península do Sinai enquanto a Síria ataca em outra frente na maior empreitada militar árabe da era moderna, dando início à Guerra do Yom Kippur, numa tentativa de recuperar os territórios ocupados por Israel na Guerra dos Seis Dias (1967).

Os Estados Unidos fazem então a maior ponte aérea militar da história, a Operação Nickel Grass. Durante 32 dias, entregam 22.325 toneladas de equipamentos, tanques, peças de artilharia, munição e peças de reposição para aviões a Israel diretamente no campo de batalha, a ponto do então ditador do Egito, Anuar Sadat, reclamar que podia enfrentar Israel, mas não os EUA.

A confrontação entre as superpotências quase deflagra uma guerra nuclear. Quando Israel domina o espaço aéreo, cerca e ameaça destruir o 3º Exército do Egito no Sinai, a União Soviética entra em alerta nuclear e ameaça ir à guerra. É o único alerta nuclear da URSS durante a Guerra Fria.

Diante da impotência no campo de batalha, os países árabes, liderados pelo rei Faissal, da Arábia Saudita, iniciam um embargo à venda de petróleo aos aliados de Israel, provocando a primeira crise do petróleo. Os preços do petróleo bruto quadruplicam. Nos países ocidentais, os motoristas fazem fila em postos de gasolina. Acaba a era dos carrões.

Quatro anos depois, Sadat rompe a aliança com a URSS, aproxima-se dos EUA, visita Israel e negocia a paz nos Acordos de Camp David como única maneira de recuperar o Sinai. Israel aceita porque o Egito tem o maior exército do mundo árabe e há um adágio no Oriente Médio que diz: "Não há guerra sem o Egito nem paz sem a Síria."

Nunca mais os países árabes realizaram um ataque conjunto contra Israel. Sadat e o primeiro-ministro israelense, Menachem Begin ganham o Prêmio Nobel da Paz, mas o ditador egípcio paga com a vida.

A crise do petróleo acaba com o modelo econômico da ditadura militar brasileira, baseado em energia e mão de obra baratas. É o fim do milagre econômico e a origem da hiperinflação, herança maldita da ditadura militar que só seria debelada pelo Plano Real em 1994.

ASSASSINATO DE SADAT

    Em 1981, durante uma festividade militar para comemorar o aniversário do início da Guerra do Yom Kippur, extremistas muçulmanos do grupo Jihad Islâmica metralham o palanque das autoridades e matam o ditador do Egito, Anuar Sadat, numa vingança porque ele fez a paz com Israel.

Os terroristas, liderados por Khaled el-Islambouli, tenente do Exército do Egito, param em frente ao palanque, dão tiros e jogam granadas contra o ditador e outras autoridades. Sadat leva quatro tiros e morre duas horas depois. Outras 10 pessoas morrem no atentado.

Em novembro, 25 pessoas vão a julgamento. Todos, inclusive o futuro líder da rede terrorista Al Caeda Ayman al-Zawahiri, admitem com orgulho sua participação. Islambouli e outros quatro são condenados à morte e executados. Os outros pegam diferentes penas de prisão.

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