sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Hoje na História do Mundo: 21 de Outubro

VITÓRIA E MORTE DE NELSON

    Em 1805, numa das batalhas navais mais decisivas da história, a Marinha Real britânica, sob o comando do almirante Horatio Nelson, vence uma frota da França e da Espanha perto do Cabo de Trafalgar, na costa espanhola, impedindo o imperador Napoleão Bonaparte de invadir a Inglaterra. Nelson é ferido mortalmente e morre horas depois.

Nelson derrota a Marinha da França pela primeira vez na Batalha de Abukir, no Mar Mediterrâneo, perto da costa do Egito, de 1º a 3 de agosto de 1798. 

A frota de Nelson sai do Rio Tejo, em Portugal, e persegue durante dois meses a armada francesa, que vai de Toulon, na França, para Alexandria, no Egito, levando uma força expedicionária de Napoleão. Depois de desembarcar as tropas do Exército, a frota francesa ancora na Baía de Abukir, a 32 quilômetros a noroeste de Alexandria.

Entre 2 e 5 mil franceses morrem em combate e mais de 3 mil são capturados. Os britânicos perdem 218 homens, mas nenhum navio. Destroem quatro navios e capturam outros nove. A vitória de Nelson estimula os países europeus a formar a segunda coalizão contra Napoleão.

Sete anos depois, na Batalha de Trafalgar, Nelson comanda 27 navios contra uma esquadra franco-espanhola de 33 e bota um lema na nau-capitânia Vitória: "A Inglaterra espera que cada um cumpra o seu dever."

O almirante Francisco Manuel Barroso da Silva usaria o lema de Nelson para estimular seus comandados na Batalha do Riachuelo, em 11 de junho de 1865, durante a Guerra do Paraguai: "O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever."

Na Batalha de Trafalgar, em cinco horas, os britânicos arrasam a frota inimiga destruindo 19 navios, mas sofrem 1,5 mil baixas, inclusive seu comandante heróico. Um atirador francês atinge Nelson no ombro e no peito. O almirante morre meia hora antes do fim da batalha, sabendo da vitória iminente. Suas últimas palavras são: "Agora, estou satisfeito. Graças a Deus, cumpri minha missão.”

LINCHAMENTO DE NEGROS

    Em 1921, em discurso no estado do Alabama, o presidente Warren Harding condena o linchamento de negros, muitas vezes enforcados em árvores, por supremacistas brancos no Sul Profundo dos Estados Unidos. São dois por dia, em média.

O governo Harding (1921-23), um conservador progressista defensor do voto feminino e de plenos direitos civis para os negros, é marcado por escândalos de corrupção e considerado um dos piores da história dos EUA. 

Na campanha eleitoral, Harding apoia a Lei Antilinchamento, que passa na Câmara, mas morre no Senado.

A Lei dos Direitos Civis só é aprovada no governo Lyndon Johnson (1963-69), em 1964.

Harding é acusado de ligações com o movimento supremacista branco Ku Klux Klan, mas o vínculo jamais é comprovado.

NAZISTAS MASSACRAM IUGOSLAVOS

    Em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), soldados da Alemanha Nazista matam milhares de iugoslavos, homens, mulheres e crianças, inclusive aulas inteiras de estudantes.

A Iugoslávia tenta manter a neutralidade no início da guerra, mas em 1940 firma um "tratado de amizade" com a Alemanha e em 1941 adere ao Eixo Tripartite (Alemanha, Itália e Japão).

Milhares de iugoslavos protestam nas ruas e a frágil aliança que criara o país em 1918, no fim da Primeira Guerra Mundial, se dissolve. Os sérvios dão um golpe liderado pelo rei Peter, que rejeita a aliança com os nazistas.

A retaliação vem com um bombardeio da Luftwaffe, a Força Aérea da Alemanha, a Belgrado, que mata 17 mil iugoslavos.

O líder nazista Adolf Hitler divide a Iugoslávia e faz uma aliança com parte da Croácia. Os sérvios resistem e são massacrados. Em 21 de outubro, 7 mil homens são mortos em Kraljevo, 6 mil homens, mulheres e crianças em Macva e 2,3 mil homens e meninos em Kragujevac.

Ao todo, cerca de 700 mil sérvios morrem sob o regime fantoche dos nazifascistas croatas, liderado por Ante Pavelic, com sua tropa de choque, os ustaches

INAUGURAÇÃO DO GUGGENHEIM

    Em 1959, é aberto na 5ª Avenida, em Nova York, o Museu Guggenheim, projetado pelo arquiteto Frank Lloyd Wright.

Solomon Guggenheim, uma magnata do setor de mineração começa a colecionar obras de arte nos anos 1930 e faz sua primeira exposição em 1939 numa antiga revendedora de automóveis, com obras de Marc Chagall, Vassily Kandinsky e Paul Klee, entre outros.

Logo o espaço fica pequeno. Em 1943, a baronesa e artista alemã Hilla Rebay pede ao arquiteto que faça um projeto não só de um museu, mas "um templo do espírito". Wright trabalha 16 anos e morre seis meses antes da inauguração do museu.

O Guggenheim parece uma grande concha, com uma rampa circular de acesso aos andares superiores, com uma rotunda no meio e telhado de vidro. A espaço para exposições tem 50 mil metros quadrados. Mais de 900 mil pessoas visitam o museu por ano.

MARCHA PELA PAZ

    Em 1967, cerca de 100 mil pessoas protestam em Washington contra a Guerra do Vietnã e 50 mil marcham até o Pentágono, sede do Departamento da Defesa dos Estados Unidos, para pedir paz.

Quando Johnson anuncia um aumento de impostos de 10% para financiar a guerra, cresce o ceticismo da opinião pública e o movimento pacifista aproveita para se fortalecer. A Marcha sobre Washington é uma mostra do crescimento.

Johnson reage com uma campanha de propaganda. Chama o comandante militar no Vietnã, general William Westmoreland, para depor no Congresso. A jogada dá certo por alguns meses.

A Ofensiva do Tet, de 31 da janeiro a 23 de setembro de 1968, quando norte-vietnamitas e vietcongues atacam em três frentes, mina definitivamente o apoio à guerra dentro dos EUA e coloca em xeque a política externa norte-americana na Guerra Fria.

Com a popularidade arruinada pela guerra, Johnson não concorre à reeleição. O candidato democrata, senador Robert Kennedy, é assassinado em 5 de junho de 1968. O Partido Republicano vence a eleição com Richard Nixon, que faz um acordo de paz com o Vietnã do Norte em 27 de janeiro de 1973.

A Guerra do Vietnã termina em 30 abril de 1975 com a vitória dos comunistas e uma fuga espetacular da Embaixada dos EUA em Saigon, hoje Cidade de Ho Chi Minh.

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