sábado, 15 de outubro de 2022

Hoje na História do Mundo: 15 de Outubro

GÖRING SE SUICIDA

    Em 1946, o líder nazista Hermann Göring (na foto, primeiro à esquerda), comandante da Luftwaffe, a Força Aérea da Alemanha Nazista, presidente do Reichstag (Parlamento), chefe da polícia política Gestapo, primeiro-ministro da Prússia e sucessor designado de Adolf Hitler, se mata para não ser executado depois de ser condenado à morte pelo Tribunal de Crimes de Guerra de Nurembergue.

No dia seguinte, dez altos funcionários do regime nazista são executados na forca. Outros dez pegam penas de 10 anos de cadeia a prisão perpétua.

GORBACHEV GANHA NOBEL DA PAZ

    Em 1990, o último líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev, ganha o Prêmio Nobel da Paz por seu esforço para acabar com a Guerra Fria com os Estados Unidos.

Gorbachev ascende à liderança do Partido Comunista em 11 de março de 1985 e se propõe a revolucionar o regime soviético com uma abertura política, a glasnost (transparência), e uma reforma econômica, a perestroika (reestruturação).

No primeiro de quatro encontros de cúpula com o presidente norte-americano Ronald Reagan, em Genebra, na Suíça, em 19 e 20 de novembro de 1985, as duas superpotências prometem reduzir seus arsenais nucleares pela metade.

Na Cúpula de Reykvajik, em 11 e 12 de outubro de 1986, Gorbachev propõe a abolição dos mísseis balísticos, mas Reagan está decidido a manter a Iniciativa de Defesa Estratégica, mais conhecida como Guerra nas Estrelas, porque militarizaria o espaço. As negociações entram em colapso na última hora.

O terceiro encontro acontece em Washington de 8 a 10 de dezembro de 1987. É marcado pela assinatura do primeiro acordo que abole toda uma classe de armas nucleares, os mísseis de curto e médio alcances, de 500 a 5,5 mil quilômetros. 

No governo Donald Trump (2017-21), em 2 de agosto de 2019, os EUA abandonam o Tratado de Forças Nucleares Intermediárias (INF) alegando violações da Rússia, herdeira das armas nucleares soviéticas.

De 29 de maio a 3 de junho de 1988, em Moscou, Reagan e Gorbachev trocam os documentos de ratificação do INF e discutem os conflitos na América Central, no Sul da África e no Oriente Médio, e a retirada soviétca do Afeganistão.

Em 7 de dezembro de 1988, na Cúpula da Ilhas dos Governadores, em Nova York, participa também o presidente eleito dos EUA, George Herbert Walker Bush, que era vice-presidente de Reagan.

A abertura de Gorbachev causa as revoluções liberais que derrubam o comunismo nos países da Europa Oriental, com clímax na queda do Muro de Berlim, maior símbolo da divisão o mundo na Guerra Fria, em 9 de novembro de 1989.

Dias depois, na Cúpula de Malta, em 2 e 3 de dezembro de 1989, Bush e Gorbachev declararam o fim da Guerra Fria. A Cúpula de Helsinque, em 9 de setembro de 1990, dá o aval das superpotências à reunificação da Alemanha, em 3 de outubro de 1990.

Com o fim da divisão da Europa, Bush e Gorbachev assinam na Cúpula de Paris, em 19 de novembro de 1990, o Tratado sobre Forças Convencionais na Europa.

Ao participar de uma reunião de cúpula do Grupo dos Sete em Londres, em 17 de julho de 1991, Gorbachev pede uma ajuda de US$ 50 bilhões, rejeitada enquanto não abandonasse o comunismo.

Gorbachev é reconhecido no exterior como um dos grandes estadistas da segunda metade do século 20, mas na Rússia as reformas econômicas não decolam. O regime comunista se mostra irreformável. Em 18 de agosto, a linha dura liderada pelo vice-president Guennadi Yanaiev dá um golpe de Estado, mas a resistência liderada pelo primeiro presidente democraticamente eleito da Rússia, Boris Yeltsin, derrota os golpistas.

Gorbachev volta ao cargo, mas o poder fica com Yeltsin. Em 8 de dezembro de 1991, as três repúblicas eslavas que formam o núcleo central da URSS - Rússia, Ucrânia e Bielorrússia - decidem se separar. No Natal, Gorbachev anuncia o fim da URSS.

Desde então, o último líder soviético se dedica à defesa da democracia e a causas ecológicas. É um dos principais investidores no jornal independente russa Novaya Gazeta, cujo editor, Dimitri Muratov, ganhou o Prêmio Nobel da Paz 2021.

Nenhum comentário: