quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Hoje na História do Mundo: 5 de Outubro

 PRIMEIRO DISCURSO PRESIDENCIAL NA TV

    Em 1947, o presidente Harry Truman (1945-53) faz o primeiro pronunciamento presidencial na televisão e pede ao povo norte-americano que reduza o consumo de grãos para ajudar a combater a fome na Europa, que ainda se recuperava da Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Truman temia que sem o fornecimento de alimentos o Plano Marshall para reconstrução da Europa fracassaria. Com o Bloco Soviético. O plano de alimentos foi desativado com o sucesso do Plano Marshall.

Na campanha de 1948, Truman é o primeiro presidente a fazer propaganda eleitoral na TV.

DALAI LAMA GANHA NOBEL DA PAZ

    Em 1989, o líder político e espiritual do Tibete no exílio, Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama, é agraciado com o Prêmio Nobel da Paz por sua campanha não violenta para preservar sua religião e cultura, ameaçadas pelo regime comunista a China, que invadiu a anexou o Tibete.

Tenzin Gyatso nasceu em 1935 no Tibete, que se tornou independente, quando a China virou uma república depois de fazer parte do Império Chinês desde o século 13. Com a vitória da revolução comunista, em 1949, o ditador Mao Tsé-tung manda o Exército Popular de Libertação reconquistar o Tibete, o que acontece no ano seguinte porque os soldados chineses levam 10 meses para chegar lá.

Depois do fracasso de uma revolta em 1959, o Dalai Lama vai para o exílio na Índia. De 1959 a 1961, o regime comunista chinês destrói 6 mil mosteiros dentro de uma política de sinificação para acabar com a cultura tibetana e o lamaísmo, o budismo tibetano.

MORTE DE STEVE JOBS

    Em 2011, o empresário visionário Steve Jobs, fundador da Apple, morre de câncer do pâncreas depois de criar produtos revolucionários como o iPhone, que criaram um novo mundo em que as pessoas carregam um telefone celular que virou um computador de mão muito mais poderoso do que os que levaram o homem à Lua.

Todos vivemos hoje no mundo que Jobs criou.

Jobs nasceu em São Francisco da Califórnia em 24 de fevereiro de 1955 de pais não casados e foi adotado por Paul e Clara Jobs. Em 1972, largou a faculdade, trabalhou um tempo na empresa de videogames Atari, foi para a Índia e estudou o budismo zen.

Em 1976, Jobs e o amigo Stephen Wosniak fundam a Apple na garagem da casa dos pais de Jobs. A empresa abre o capital na bolsa de valores em 1980. Seus donos ficam multimilionários. Em 1984, a Apple lança o Macintosh, o primeiro computador pessoal com uma interface gráfica que permite operar clicando com o mouse em cima de ícones, em vez de digitar os comandos.

Por um desentendimento dentro da empresa, Jobs deixa a Apple em 1985 e funda a NeXT. Em 1996, a Apple, que havia afundado sem Jobs, compra a NeXT e contrata Jobs como assessor. Ele transforma a quase falida Apple numa das maiores empresas do mundo, com os lançamentos do iPod, em 2001, do iPhone, em 2007, e do iPad, em 2010, revolucionando tanto a maneira de ouvir música quanto a telefonia celular.

Em 2004, Jobs é operado de um tumor no pâncreas. Em 2009, sofre um transplante de fígado. Mesmo assim, dirige a empresa até 24 de agosto de 2011 e morre seis semanas depois.

Seu biógrafo, Walter Isaacson, o considera o maior executivo da sua era, ao nível de Thomas Alva Edison e Henry Ford.

ASSÉDIO SEXUAL EM HOLLYWOOD

    Em 2017, o jornal The New York Times publica a primeira reportagem investigativa sobre as alegações de assédio sexual contra o produtor de cinema de Hollywood Harvey Weinstein, preso e condenado a 23 anos de cadeia por estupro e outros abusos sexuais.

Os abusos do produtor eram conhecidas há anos nos meios cinematográficos. As primeiras alegações contra Weinstein são feitas em 2016 pelo repórter Ronan Farrow, filho de Woody Allen e Mia Farrow, um casal que se divorciou com acusações de parte a parte, mas não dão em nada. 

Cinco dias da reportagem do NY Times, Farrow publica suas alegações na revista The New Yorker. Ao todo, mais de 20 mulheres acusaram Weinstein, inclusive a atriz Gwyneth Paltrow.

As acusações levaram ao surgimento do movimento #MeToo (Eu também), que incentiva as mulheres a denunciar os casos de assédio sexual. Mais de 20 mulheres denunciaram abusos do presidente Donald Trump. Até agora, não foi processado por isso.

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