segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Hoje na História do Mundo: 10 de Outubro

 MARTEL PARA EXPANSÃO MUÇULMANA

    Em 732, na Batalha de Tours, perto de Poitiers, na França, Carlos Martel derrota o exército árabe que invadira e tomara a Península Ibérica a partir de 711, parando a expansão muçulmana na Europa, onde os árabes criam o Império Al-Andaluz no que os mouros chamavam de "terra dos vândalos", referência às tribos germânicas que tomaram o continente depois da queda do Império Romano do Ocidente, em 476.

O governador muçulmano de Córdoba, Abd-ar-Rahman, morre em combate e as forças árabes recuam.

A vitória de Carlos Martel leva ao início da dinastia carolíngia, com seu filho Pepin. Seu neto, Carlos Magno, é coroado imperador do Sacro Império Romano-Germânico pela papa Leão III no Natal do ano 800.

Os muçulmanos são expulsos da Península Ibérica depois da tomada de Granada, em 2 de janeiro de  1492, pelos reis católicos, Fernando de Aragão e Isabel de Castela. Portugal e a Espanha são frutos da Reconquista.

MENORES EXECUTADOS EM AUSCHWITZ

    Em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha Nazista executa 800 romenos menores de idade, inclusive mais de 100 com idades de 9 a 14 anos, no campo de concentração e centro de extermínio de Auschwitz, na Polônia.

Auschwitz, Oswiecim em polonês, fica num importante entroncamento ferroviário da Europa Oriental. Em 27 de abril de 1940, Heinrich Himmler, o comandante da SS, a organização paramilitar que era a tropa de choque do regime nazista, decide transformar um quartel do Exercito da Polônia em campo de concentração.

Dos 11 milhões de mortos no Holocausto, estima-se que 1,5 milhão morreram em Auschwitz-Birkenau, uma rede de campos de concentração. Dos 6 milhões de judeus mortos no Holocausto, 1,1 milhão teriam morrido em Auschwitz-Birkenau.

Depois dos judeus, os ciganos são o povo mais sacrificado pelos nazistas. Cerca de 1,5 milhão de ciganos morreram no Holocausto. Também morrem socialistas, comunistas, negros, homossexuais, deficientes e dissidentes políticos.

No ambiente mais opressivo e aterrorizante criado pelo homem, com o melhor da ciência e requintes de crueldade nunca vistos, há uma revolta em 7 de outubro de 1944. Centenas de prisioneiros judeus que carregam os corpos da câmara de gás para os fornos crematórios detonam explosivos trazidos por mulheres judias que trabalham numa fábrica de armamentos próxima.

Cerca 450 prisioneiros participam da rebelião e 250 conseguem fugir. Todos são capturados e executados, assim como cinco mulheres da fábrica de armas, não antes de serem torturados para confessar detalhes, especialmente como conseguiram contrabandear explosivos para dentro do campo. Nenhuma das mulheres falou.

A execução em massa das crianças romenas e ciganas é parte da vingança nazista contra a revolta.

EUA PEDEM DESCULPAS A MINISTRO AFRICANO

    Em 1957, o presidente Dwight Eisenhower pede desculpas em nome do governo dos Estados Unidos ao ministro das Finanças de Gana, Komla Agbeli Gbedemah, que não é atendido num restaurante na cidade de Dover, no estado de Delaware.

É um dos muitos incidentes com autoridades e diplomatas africanos durante a segregação racial nos EUA, que só acaba nos anos 1960. O racismo estrutural e a discriminação persistem até hoje. 

VICE DE NIXON RENUNCIA

    Em 1973, um ano antes da renúncia do presidente Richard Nixon por causa do Escândalo da Watergate, Spiro Agnew cai em desgraça por corrupção e se torna o primeiro vice-presidente da história dos Estados Unidos a renunciar.

As duas denúncias levaram à Casa Branca o presidente da Câmara dos Representantes, Gerald Ford, o único ocupante da Casa Branca não eleito para presidente e vice.

No mesmo dia, Agnew admite a culpa numa acusação de evasão fiscal em troca da retirada de acusações de corrupção quando era governador do estado de Maryland. É condenado a três anos com direito a liberdade condicional e multa de US$ 10 mil.

RESGATE DO ACHILLE LAURO

    Em 1985, aviões de caça F-14 da Marinha dos Estados Unidos interceptam um avião de passageiros do Egito que levava quatro terroristas palestinos que haviam sequestrado o navio de cruzeiro italiano Achille Lauro e o obrigam a pousar numa base aérea da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em Sigonella, na Sicília.

Os quatro terroristas Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), um grupo dissidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) tomam o navio em 7 de outubro com cerca de 80 passageiros e 320 tripulantes a bordo para exigir a libertação de 50 palestinos presos em Israel. Ameaçam explodir o navio e matar os 11 norte-americanos a bordo.

No dia seguinte, o navio chega ao porto de Tartus, na Síria, que se nega a recebê-los. Para aumentar a pressão, os terroristas matam o judeu norte-americano Leon Klinghoffer, de 69 anos, que andava em cadeira de rodas. Jogam o corpo e a cadeira no mar.

O presidente da OLP, Yasser Arafat, condena o sequestro e a OLP se junta às autoridades egípcias para negociar a crise. O Achille Lauro vai então para Porto Said, no Egito, onde os sequestrados entregam os reféns e se rendem em troca de livre passagem para um destino ignorado. Eles embarcam num Boeing 737 da Egypt Air com destino à Tunísia, mas o avião não recebe autorização de pouco e é localizado pelos caças norte-americanos a cerca de 130 quilômetros ao sul da ilha grega de Creta.

Em 10 de julho de 1986, a Justiça da Itália condena três terroristas a penas de 15 a 30 anos de cadeia. O outro, menor de idade  julgado separadamente.

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